SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - A madrugada deste domingo (11) coroou a história de superação de Adriele Silva. Há seis anos, um grave problema de saúde obrigou a jovem de Jundiaí a amputar as duas pernas. A nova vida adaptada levou a paulista até o triatlo, modalidade em que virou destaque internacional. No Carnaval, a atleta agora cumpriu o sonho de desfilar pela Vai-Vai, em São Paulo.
Primeira mulher biamputada do mundo a disputar o Ironman, famosa prova de triatlo de longas distâncias, Adriele foi destaque da Vai-Vai no Sambódromo do Anhembi no domingo, em desfile que homenageou o compositor baiano Gilberto Gil.
A vida de Adriele mudou em 2012, quando foi internada em Jundiaí com uma infecção generalizada, deflagrada por um problema nos rins. A jovem passou 64 hospitalizada e, como consequência da falta de circulação na região dos pés, precisou passar por uma amputação.
Em seguida Adriele passou cinco meses em cadeira de rodas, mas, aos poucos, foi se adaptando à vida com próteses. Logo pensou em procurar um esporte para ajudar na reabilitação e acabou se apaixonando pelo triatlo em 2014.
A partir daí a carreira esportiva de Adriele decolou. Apareceram as primeiras oportunidades internacionais de competição e um patrocínio, que possibilita hoje que a atleta se dedique em tempo integral ao esporte. Atualmente a jovem paulista treina de três a seis horas diariamente.
O Ironman é uma prova que exige mais dos atletas do triatlo, com distâncias ampliadas. Geralmente são 3,8 quilômetros de natação, 180 quilômetros de bicicleta e 42 quilômetros de corrida. Adriele participou de uma competição deste modelo pela primeira vez em Florianópolis, em 2017, mas não conseguiu concluir o percurso.
No entanto, a atleta do triatlo tem no currículo vitórias como a Copa do Brasil, Pan-Americano e Troféu Brasil de Santos.
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