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Goleira que polemizou na Rio-2016 concorre à presidência da US Soccer

POR LUÍS CURRO SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Célebre pela beleza, além das qualidades como goleira, a americana Hope Solo será uma das concorrentes na eleição para a US Soccer, a federação de futebol dos EUA. A CBF de lá. O novo presidente, que substituirá

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 09.02.2018, 00:55:00 Editado em 09.02.2018, 00:55:11
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POR LUÍS CURRO

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Célebre pela beleza, além das qualidades como goleira, a americana Hope Solo será uma das concorrentes na eleição para a US Soccer, a federação de futebol dos EUA. A CBF de lá.

O novo presidente, que substituirá Sunil Gulati (que tem 58 anos e está no cargo desde 2006), será conhecido neste sábado (10), em Orlando (Flórida). Nunca uma mulher comandou a entidade, fundada em 1913.

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Considerada a melhor goleira da história de seu país, com dois ouros em Jogos Olímpicos (Pequim-2008 e Londres-2012) e um título mundial (Canadá-2015), Solo atraiu holofotes em 2016 por duas atitudes relacionadas à Olimpíada do Rio.

Primeiro, antes da competição, apareceu em uma rede social com um kit de proteção contra a zika. Dizia ter receio de ser picada pelo mosquito que transmite o vírus da doença.

Hope Solo posa para foto com kit contra o vírus da zika (Reprodução/Twitter de Hope Solo)

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Seu comportamento gerou polêmica e não repercutiu bem no Brasil. Em jogo da seleção americana em Belo Horizonte, a torcida pegou no pé dela, gritando “zika” a cada vez que ela tocava na bola.

Depois, na partida em que a seleção dos EUA foi eliminada dos Jogos pela Suécia, com derrota nos pênaltis (4 a 3) após empate por 1 a 1 com a bola rolando, Solo chamou as rivais de “bando de covardes”, passando a mensagem de que apenas as americanas se dispuseram a atacar.

Essa declaração lhe rendeu uma suspensão de seis meses feita pela US Soccer. “Os comentários dela foram inaceitáveis”, disse Gulati, a quem Solo, que discordou da decisão, almeja suceder.

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Ao lançar sua candidatura, em dezembro, via rede social, Solo descreveu o que pretende fazer, caso eleita, enfatizando ações de transparência na administração dos recursos e ênfase na popularização do esporte. “O problema sistêmico na US Soccer começa na base. O futebol sempre foi um esporte para a classe média e, recentemente, tornou-se um esporte para a classe alta. Alguns dos melhores clubes do país cobram de cada jovem, por ano, de US$ 3.000 a US$ 5.000 (R$ 10 mil a R$ 16 mil). Tenho pessoalmente testemunhado jovens jogadores desolados com a realidade financeira que os impede de continuar a perseguir seu sonho.” “A pergunta que todos devemos fazer é: por que uma organização sem fins lucrativos que “dá lucro”, com milhões de dólares à disposição, não torna o mais querido esporte do planeta acessível a todos? Para onde vai essa maciça quantidade de dinheiro?” “Precisamos de pessoas apaixonadas no comando da US Soccer. A estratégia de negócios não pode continuar a privilegiar o lucro em detrimento do progresso. O coração da US Soccer deve ser desenvolver o futebol dos jovens nos EUA. O sistema atual não permite isso por manter uma atitude teimosa e elitista que coloca o capitalismo em primeiro lugar.”

A goleira de 36 anos concorrerá com outra mulher (Kathy Carter, presidente da empresa que cuida do marketing da US Soccer) e com seis homens, entre eles três ex-jogadores da seleção: Eric Wynalda, Paul Caligiuri e Kyle Martino.

Solo não é favorita, longe disso.

De acordo com Andrew Joseph, do jornal “USA Today”, o longo histórico de críticas ao status quo inviabiliza qualquer chance de vitória, considerando o colégio eleitoral ­ formado basicamente por dirigentes de várias comissões e organizações. “Ela está pedindo votos para as mesmas pessoas a quem insultou nos últimos anos. É a única (dos candidatos) com uma relação hostil com a federação”, escreveu o jornalista.

Assim, se Solo for eleita, será uma grande surpresa.

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