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Clubes aprovam árbitro de vídeo, mas não querem assumir custos

ALEX SABINO, DIEGO GARCIA E LUIZ COSENZO SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A implementação do árbitro de vídeo na Série A do Brasileiro em 2018 terá mais um capítulo e, talvez, o último nesta segunda (5), quando os representantes dos 20 times e da CBF se reúne

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 05.02.2018, 02:20:00 Editado em 05.02.2018, 02:20:09
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ALEX SABINO, DIEGO GARCIA E LUIZ COSENZO

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A implementação do árbitro de vídeo na Série A do Brasileiro em 2018 terá mais um capítulo e, talvez, o último nesta segunda (5), quando os representantes dos 20 times e da CBF se reúnem no Rio de Janeiro para discutir sobre a competição, que tem início previsto para o dia 15 de abril.

A entidade diz estar preparada para operacionalizar o sistema e a maioria dos times aprova o uso. Das 20 equipes que disputarão o torneio, 14 são a favor de acordo com levantamento feito pela reportagem. Duas se manifestaram contrárias e outras quatro não responderam.

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O problema maior, porém, está na forma de como colocar a tecnologia em prática.

A CBF deseja que os clubes arquem com o custo de quase R$ 20 milhões para implementar a tecnologia em todos os jogos do campeonato.

"Os clubes vão ter que arcar com os custos. Vamos expor as vantagens e eles vão avaliar e decidir. Temos que definir na segunda (5). Caso haja a aprovação, estamos completamente preparados", disse o coronel Marcos Marinho, presidente da comissão de arbitragem da CBF.

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A ideia, no entanto, não é bem vista pela maior parte dos clubes ouvidos pela Folha. Oito querem que a entidade banque os custos do sistema integralmente. Outros três demonstraram estar dispostos a dividir as despesas, mas com contrapartidas, enquanto cinco preferiram não opinar antes da realização do Conselho Técnico.

"O árbitro de vídeo deve ser bancado por quem estrutura as competições, para qualificar e dar credibilidade aos torneios. Quanto mais credibilidade a competição tem, mais vai conseguir atrair investidores, torcedores no estádio. Então não há motivo para isso ser absorvido pelos clubes", disse Guilherme Bellintani, mandatário do Bahia, contrário à proposta da CBF.

Mário Celso Petraglia, presidente do Conselho do Atlético-PR, é um dos três que concordam em dividir os custos, mas "desde que o gasto da implementação seja proporcional à porcentagem da distribuição das cotas do pay-pew-view por meio da TV".

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Já Chapecoense e Grêmio acreditam que a solução para o diminuir os custos seria a utilização do árbitro de vídeo em apenas nos jogos mais importantes do torneio.

"Se a CBF custear, será ótimo e qualificaria o campeonato. Como acho que é impossível colocar o árbitro de vídeo na competição inteira em razão dos custos, acho que a tecnologia ficaria reservada para uma seleção de partidas mais importantes. Esse é o nosso posicionamento", disse Romildo Bolzan, presidente do time gaúcho.

A sugestão gremista, porém, foi rechaçada pela maioria das equipes no ano passado, quando a CBF cogitou colocar o sistema em operação em apenas alguns jogos. Na oportunidade, Atlético-PR, Atlético-GO, Atlético-MG, Corinthians, Fluminense, Grêmio, Palmeiras, Santos, Sport, Vitória Avaí, Coritiba, Atlético-GO e Ponte Preta --os quatro últimos disputarão neste ano a Série B-- estavam entre os descontentes em levantamento da Folha.

A CBF alega que sistema não foi utilizado em 2017 em razão de problemas técnicos, como a dificuldade para a aquisição de um equipamento que possibilitasse o replay imediato, tanto para a transmissão de TV quanto para a central do árbitro de vídeo.

O imbróglio se estende desde 2015, quando a CBF fez a primeira consulta a Fifa para uso da tecnologia. Em junho do ano seguinte, a entidade liberou seis países: Austrália, Alemanha, Portugal, Holanda e Estados Unidos, além do Brasil, que foi o único que não aderiu até o momento. Na oportunidade, a CBF alegou que o problema era o alto custo.

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