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McLaren tem desafio para se livrar de vez do 'fantasma' da Honda

JULIANNE CERASOLI SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O chefe da McLaren, Eric Boullier, assegurou que o acordo para a troca do motor Honda para o Renault para a temporada de 2018 aconteceu a tempo da equipe conseguir adaptar seu carro, em setembro. Afinal, as d

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 02.02.2018, 08:45:00 Editado em 02.02.2018, 08:45:10
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JULIANNE CERASOLI

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O chefe da McLaren, Eric Boullier, assegurou que o acordo para a troca do motor Honda para o Renault para a temporada de 2018 aconteceu a tempo da equipe conseguir adaptar seu carro, em setembro. Afinal, as duas unidades de potência têm conceitos e desenhos completamente diferentes. Mas o diretor-técnico Tim Goss admite que o trabalho não foi fácil.

O anúncio da troca de motor aconteceu quando o projeto do carro de 2018 já estava bem adiantado, e coube ao time liderado por Goss correr para fazer as alterações que devem mudar bastante a traseira da McLaren e, ainda que seja esperada uma evolução natural do time pela maior potência e confiabilidade da Renault, algumas concessões aerodinâmicas tiveram de ser feitas.

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Basicamente, existem dois conceitos de unidades de potência na F-1 atual: a abordagem da Mercedes e da Honda é separar o compressor na parte da frente do motor, a turbina na traseira, e o MGU-H (unidade de recuperação de energia calorífica, uma das partes híbridas do motor) no meio do V do motor de combustão. E a opção da Renault e da Ferrari, de colocar o compressor, o MGU-H e a turbina atrás do motor.

Isso traz uma série de consequências para o posicionamento do motor (e a distribuição de peso do carro) e da caixa de câmbio, especialmente para a McLaren, que usava o conceito da Honda para explorar o que ficou conhecido como traseira tamanho zero (alusão à roupa tamanho 34, na numeração britânica), bem mais enxuta que os rivais. “Há coisas que eu amo na abordagem da Renault e coisas que me frustram um pouco, mas no final tivemos sorte de tomar a decisão na hora exata. Não poderíamos ter feito isso mais tarde do que fizemos”, reconheceu Goss.

O projetista explicou quais os impactos da troca do motor no carro novo:

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- Como o motor Renault tem de ser instalado um pouco mais à frente, isso também fez com que o carro pudesse ser mais curto e aumentou o espaço do difusor que pode ser trabalhado;

- Já que a parte frontal não precisa de tanta refrigeração por não ter a turbina, o carro terá mais espaço para o tanque de combustível;

- A suspensão teve de ser redesenhada para dar espaço para o conjunto turbina-compressor-MGU-H na traseira, e a caixa de câmbio teve de ser alongada. “Tivemos de reconfigurar o chassi, mudar o sistema de arrefecimento e a caixa de câmbio para fazer o novo motor caber no carro. Mas conseguimos fazer isso sem comprometer significativamente o chassi. Foi uma mudança enorme, mas fizemos um trabalho fantástico. Foi muito intenso, tivemos duas semanas para resolver tudo, mas sabíamos mais ou menos o que precisávamos fazer”, disse Goss.

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Com a mudança, a McLaren vive a expectativa de voltar a lutar pelo menos por pódios após três anos de muitos abandonos com a Honda. “Tomara que os últimos anos sejam esquecidos rapidamente”, disse Fernando Alonso. “Acreditamos que podemos ser muito, muito competitivos com a Renault e todos os preparativos do carro estão muito mais promissores do que antes”, garantiu o espanhol, que vai se dividir em 2018 entre a F-1 e o Mundial de Endurance, categoria na qual correrá com a Toyota.

O lançamento da McLaren será dia 23 de fevereiro, três dias antes do início dos testes coletivos de pré-temporada.

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