ALEX SABINO E DIEGO GARCIA
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Felipe Ezabella, 39, diz que não pensava em ser candidato a presidente do Corinthians. O que gostaria no início era que algum candidato encampasse as ideias que ele e seu grupo político acreditavam. Algumas delas surgiram como resultado de estudo encomendado à Universidade do Futebol.
"A gente viu que a aceitação entre os sócios era muito boa. Então por que não apresentar uma candidatura própria? O clube precisa ter mais transparência", defende o advogado.
Ele reconhece que a palavra "transparência" está na boca de todos os candidatos de oposição. Ezabella se apresenta como uma opção moderada da oposição. Daquelas que não pretende destruir tudo o que for iniciado e começar do zero, nem aceitar qualquer realização da administração de Roberto de Andrade.
Durante a campanha, se acostumou a ter de responder sobre a ligação com Andrés Sanchez e o grupo "Renovação e Transparência". Ele foi diretor de Esportes Terrestres do Corinthians entre 2007 e 2009, quando Sanchez era presidente.
"Nós temos pessoas na nossa chapa que são dissidentes da situação. Mas temos muita gente da oposição também", afirma.
Além da transparência nas contas, Ezabella pretende fazer o Itaquerão render mais. Lembra que mesmo se não houvesse a necessidade de pagar o empréstimo da Caixa Econômica Federal, o estádio seria deficitário.
"A Arena foi feita para ter atividades 365 dias por ano. Tem auditório, lugar para show, para eventos, estacionamentos... Precisa ter receitas e hoje o clube não tem. Hoje tem os jogos, que são 40 ou 45 dias por ano e o tour que começou no ano passado. Não tem mais nada."
Ezabella quer também descentralizar o Corinthians, separando a gestão do futebol e a do clube.
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