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Criticada por Hamilton, mudança na F-1 deixará pilotos mais contidos

JULIANNE CERASOLI SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Lewis Hamilton começa 2018 como o favorito ao título segundo as casas de apostas europeias —no Reino Unido, um quinto título do inglês paga só 11/8, enquanto o penta de seu rival Sebastian Vettel rende 4/

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 20.01.2018, 09:50:00 Editado em 20.01.2018, 09:50:14
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JULIANNE CERASOLI

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SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Lewis Hamilton começa 2018 como o favorito ao título segundo as casas de apostas europeias —no Reino Unido, um quinto título do inglês paga só 11/8, enquanto o penta de seu rival Sebastian Vettel rende 4/1. Porém, o piloto da Mercedes nem mesmo conhece seu novo carro e já está desanimado. O motivo? Uma mudança de regulamento que, segundo ele, vai afetar negativamente as corridas.

Trata-se da diminuição do número de unidades de potência por piloto, ao mesmo tempo em que a temporada terá uma corrida a mais. Isso, assim como o peso mínimo do carro —que será aumentado devido à instalação do halo— vai obrigar os pilotos a pouparem ainda mais o equipamento. “Não gosto da ideia de ter três motores. Deveríamos poder forçar mais. Velocidade pura é o que falta na F-1. Hoje em dia temos esses 100kg de combustível, então o carro será um ônibus. Será como um NASCAR. Com esse peso todo, você tem que frear antes e os freios estão sempre no limite”, explicou o tetracampeão. “Sei que soa muito negativo, mas como piloto eu quero um carro rápido, ligeiro, com o qual eu sempre possa atacar, e infelizmente não é o que geralmente temos. Temos sempre que economizar o equipamento e acho que não é emocionante para as pessoas assistirem. E não tenho certeza de que diminuir ainda mais o número de motores ajude.”

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A NOVA REGRA

O regulamento funciona da seguinte maneira: a chamada unidade de potência, conjunto de peças que compõem o motor, é separada em seis elementos. São eles a central eletrônica, o turbocompressor, o MGU-H (que gere a energia calorífica), o MGU-K (da energia cinética), o motor de combustão e a bateria. Ano passado, cada piloto tinha o direito a usar quatro unidades de cada um destes elementos. Para 2018, a regra muda.

Agora, os pilotos ficarão limitados a três MGU-Hs, turbocompressores e motores de combustão. E a apenas dois MGU-Ks, e duas baterias e centrais eletrônicas. Isso, com uma corrida a mais no calendário —aumento de 20 para 21 GPs.

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A mudança já estava acordada desde a introdução dos atuais motores, em 2014, e visa a diminuição de gastos. Apesar de alguns fornecedores terem pressionado por uma mudança, a decisão da FIA (Federação Internacional do Automóvel) foi manter estes limites.

Com isso, existe a expectativa de que os pilotos tenham que economizar ainda mais seus equipamentos e, mesmo assim, sofram mais punições. Ano passado, metade do grid estourou o limite de quatro motores e sofreu punições.

Há os exemplos mais extremos, como a dupla da McLaren: Stoffel Vandoorne foi quem mais vezes trocou de motor, tendo precisado de 12 MGU-Hs e turbocompressores para completar a temporada. Mas mesmo os postulantes ao título, Lewis Hamilton e Sebastian Vettel, não escaparam de punições ao longo do ano.

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Como os pilotos podem controlar em seu volante os modos de motor utilizados, a opção deve ser por andar mais lento e garantir os pontos ao invés de atacar o rival e correr o risco de quebrar o motor, e daí a crítica do inglês.

Os carros da temporada 2018 da F-1 começam a ser lançados no final de fevereiro, e vão à pista do Circuito da Catalunha, em Barcelona, em duas baterias de quatro dias de testes de pré-temporada entre 26 de fevereiro e 9 de março. O campeonato começa com o GP da Austrália, dia 25 de março.

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