PAULO ROBERTO CONDE
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Presidentes de confederações consultados pela reportagem se mostraram contrários ao projeto.
A maioria afirmou preferir não receber o repasse da Lei Piva diretamente, sobretudo por não ter pessoal suficiente para a prestação de contas. Eles alegam ainda que o Ministério do Esporte não teria condição de lidar com o processamento de tantos projetos de cada uma.
"Com a proposta de mudança, o COB será afetado, porque é ali que estão os maiores conhecedores nas áreas administrativa, de projetos e técnica", afirmou José Antonio Martins Fernandes, chefe da confederação de atletismo.
Mandatário da confederação de canoagem, João Tomasini disse que o projeto "não pode passar".
"Não como está. Nós entendemos que o suporte dado pelo COB na execução e na prestação de contas é de longe o melhor."
José Roberto Santini, superintendente da confederação de badminton, questionou a falta de clareza da proposta em relação à divisão dos recursos feita pelo Ministério do Esporte.
"O projeto de lei não define nada sobre como seria a distribuição da verba entre as confederações. Quem garante que será melhor? O ministério é político e vê mudanças frequentes de ministros, secretários, etc. Será que teremos um critério que atenda aos anseios das confederações menores?"
Helio Meirelles, presidente da entidade que regula o pentatlo moderno no país, aderiu ao coro.
"Uma vez sancionada uma lei pelo presidente da República, a tentativa de reverter no plenário os aspectos incoerentes a ela incorporados despende muita energia, nem sempre com sucesso."
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