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Acusado de dar propina em eleição da Rio-16 é intimado nos EUA, diz jornal

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O empresário Arthur César Menezes Soares Filho, acusado de participar de esquema de compra de votos para eleição do Rio como sede da Olimpíada de 2016, foi intimado em agosto pela Justiça americana a prestar esclarecimentos so

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 12.12.2017, 21:55:00 Editado em 12.12.2017, 21:55:09
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O empresário Arthur César Menezes Soares Filho, acusado de participar de esquema de compra de votos para eleição do Rio como sede da Olimpíada de 2016, foi intimado em agosto pela Justiça americana a prestar esclarecimentos sobre transferências de US$ 1,5 milhão a Papa Massata Diack, filho do ex-integrante do COI Lamine Diack, que seria o real destinatário do pagamento suspeito. As informações são do jornal americano "The Wall Street Journal".

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Soares teve mandado de prisão expedido em setembro, durante a Operação Unfair Play, realizada no Rio, e está foragido desde então. Segundo o jornal americano, o empresário estaria em Key Biscayne, na Flórida.

Autoridades brasileiras já teriam pedido a prisão e extradição do empresário aos EUA. No entanto, segundo o "The Wall Street Journal", as autoridades americanas pediram mais informações sobre as acusações contra Soares. Ele ainda não é acusado no país.

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A intimação marca a entrada de autoridades americanas nas investigações sobre compra de votos para a eleição da Rio-2016. Até o momento, os trabalho investigativo contava apenas com a participação de autoridades brasileiras e francesas.

A equipe do FBI (a polícia federal americana) que está à frente das investigações nos EUA é, segundo o jornal, a mesma que atuou no caso de corrupção na Fifa e nas investigações sobre o esquema estatal de doping russo.

Arthur César Soares de Menezes é figura central do esquema de compra de votos que é investigado por autoridades brasileiras, francesas e, agora, norte-americanas.

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O empresário carioca, que recebeu quase R$ 3 bilhões em contratos assinados durante o governo de Sérgio Cabral, teria feito pagamentos da ordem de US$ 2 milhões a um membro do COI (Comitê Olímpico Internacional) no processo de escolha da sede Olímpica de 2016.

O membro em questão é o senegalês Lamine Diack, que presidiu a Iaaf (Associação Internacional das Federações de Atletismo) entre 1999 e 2015. O filho de Lamine, Papa Massata Diack, também fazia a articulação com Menezes.

A suspeita dos investigadores brasileiros é que, por causa dos pagamentos, os Diack influenciariam membros africanos do COI a votaram em peso no Rio em detrimento de Madri, Chicago e Tóquio.

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O empresário teria feito os pagamentos semanas antes da escolha da capital fluminense, ocorrida no dia 2 de outubro de 2009.

Uma holding sediada nas Ilhas Virgens Britânicas (Matlock Capital Group), que gerenciaria negócios do brasileiro, teria feito um depósito de US$ 1,5 milhão no dia 29 de setembro daquele ano a uma conta de Papa Massata.

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Menezes também atuou na construção do Trump Hotel na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. O empreendimento começou a ser construído de olho na Olimpíada, mas até hoje não foi totalmente concluído.

Dirigente responsável por comandar a organização dos Jogos Olímpicos de 2016, Carlos Arthur Nuzman foi preso no dia 5 de outubro com Leonardo Gryner, 64, seu braço direito no comitê organizador, também no âmbito da Operação Unfair Play. Eles tiveram habeas corpus concedido em outubro e estão atualmente em liberdade.

Os dois são suspeitos de atuarem junto com Soares na compra de votos para a escolha da cidade para sediar os Jogos Olímpicos. Ambos negam participação no esquema.

Na história dos Jogos, Nuzman foi o único presidente do comitê organizador a acumular o cargo de mandatário do comitê olímpico do país-sede.

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