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Oposição se une por investigação contra Modesto, candidato à reeleição no Santos

SAMIR CARVALHO SANTOS, SP (UOL/FOLHAPRESS) - A oposição do Santos se uniu contra o atual presidente, Modesto Roma, para investigar uma suspeita de fraude nas eleições do clube, que ocorrem no próximo dia 9. Diante disso, o trio Andres Rueda, da Santástica

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 07.12.2017, 19:05:00 Editado em 07.12.2017, 19:05:10
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SAMIR CARVALHO

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SANTOS, SP (UOL/FOLHAPRESS) - A oposição do Santos se uniu contra o atual presidente, Modesto Roma, para investigar uma suspeita de fraude nas eleições do clube, que ocorrem no próximo dia 9.

Diante disso, o trio Andres Rueda, da Santástica União, José Carlos Peres, da Somos Todos Santos, e Nabil Khaznadar, da O Santos Que Quereremos, convocou uma coletiva de imprensa para revelar que acionaram o GAECO (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do Ministério Público.

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Eles pediram uma investigação de uma suposta prática criminosa com base nas informações divulgadas na imprensa. O trio de opositores investiga supostas fraudes no processo de inscrição de novos sócios do clube, entre novembro e dezembro do último ano.

Reportagem da ESPN Brasil, publicada na semana passada, aponta que o clube recebeu mais de 2 mil associados entre novembro e dezembro de 2016, período próximo do limite estabelecido para que possam ser eleitores no pleito alvinegro.

"Por enquanto, é só isso. Como disse o Andres e Nabil, não estamos acusando ninguém, estamos nos focando na denúncia da imprensa. Ficou muito claro que, nos últimos dias, na data-limite para poder votar, entraram cerca de dois mil sócios. Pode ser que no meio disso tenham alguns que não tenham a ver, mas, a princípio, ficamos cautelosos. O artigo 39 do Estatuto não permite denúncias nesse período eleitoral. O que fazemos aqui é tomar providência que a torcida nos cobra. Querem que a gente se posicione. O primeiro posicionamento foi procurar um órgão que faz um belo trabalho no Brasil. Queremos passar isso a limpo", afirmou José Carlos Peres, que explicou também a mudança no sistema eleitoral do Santos.

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"Estamos passando uma imagem maculosa ao mercado, que estaria havendo uma virada de mesa. Estamos vacinados com o Vasco da Gama, foi feita uma ordem numérica. Tomamos providência em conjunto. E passou de alfabética para numérica. A ordem da eleição será numérica. As denúncias continuaram nos jornais, cada vez estão mais incisivas, com provas, e nos unimos para tomar uma providência, com uma resposta para torcida e imprensa. Não podemos ser passivos. O nome do Santos está acima de tudo. Essa época de virada de mesa já acabou. Brasil está sendo passado a limpo. Estamos indignados, a ponto da oposição se unir pela lisura no pleito", completou.

A ideia dos conselheiros é identificar numa espécie de urna separada os "sócios suspeitos" de 2016. Na visão dos oposicionistas, em ordem numérica, seria mais fácil identificar os "suspeitos de 2016" na décima urna, a última do processo eleitoral. Para eles, os novos associados estariam todos nesta urna.

Segundo a matéria da ESPN Brasil, a adesão em massa beneficiaria Modesto Roma, atual presidente e candidato à reeleição. A reportagem diz que, em apenas 17 dias, entre 23 de novembro e 6 de dezembro de 2016, o Santos ganhou precisamente 2.098 novos associados.

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Estes já seriam votantes no próximo pleito. O número levantou desconfiança por ser superior aos meses de julho a outubro somados, além de ter recebido uma série de adesões em dias iguais. A média mensal era de 462 pessoas antes.

A ESPN Brasil ainda aponta a participação do empresário Luiz Taveira, o mais influente dentro do Santos na gestão de Modesto. De acordo com os levantamentos, de 23 a 29 de novembro, quatro parentes de Taveira se associaram ao clube junto com mais pessoas, mas utilizando os mesmos endereços. À reportagem, Modesto se defendeu das acusações sobre suspeita de fraude. "Os números de sócios novos tiveram uma retomada em nossa gestão após uma queda na gestão anterior. Sempre que o Santos vai bem no Brasileiro, conquista vaga na Libertadores ou consegue conquistas relevantes há um crescimento de associações. O fato é que ocorreu uma queda nas associações em 2016, que por si só já desmente sua pergunta e mesmo a denúncia feita por um repórter que está respondendo uma queixa-crime movida por nossa gestão. Em 2015, tivemos 8.047 novas associações. Em 2016, houve 7.684", afirmou Modesto.

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"Se houvesse crescimento das associações visando eleição esse número seria outro, bem maior, em 2016. Esses números provam como é infundada a denúncia. Além disso, o Santos se classificou para a Libertadores entre novembro e dezembro de 2016. Por isso, houve cerca de 2 mil novos sócios apenas nesse período de dois meses. Essa história de novos sócios infelizmente é choro de quem acha que já perdeu", disse o atual mandatário do Santos.

"É preciso lembrar que eu defendo que os sócios deveriam votar com três anos de associação, como previa o estatuto da época do Marcelo Teixeira. Sempre fui contra que sócios com um ano no quadro votassem. Quem foi a favor é o hoje candidato a vice da chapa 1, que era vice-presidente do Conselho quando houve a mudança, e outros opositores que hoje são candidatos e eram conselheiros em 2011, quando mudaram o antigo estatuto para o atual. Por isso as mudanças estatutárias são importantes e estamos trabalhando para eleger um Conselho 100% de nossa chapa para finalmente conseguir arrumar essas distorções", completou.

Inicialmente, quando eleito, Modesto afirmou que não tentaria uma reeleição, apenas cumprindo os três anos de mandato, de 2015 a 2017. Em dezembro de 2016, o atual mandatário santista falou publicamente ter mudado de ideia "pela necessidade do clube".

O ano, no entanto, tem sido turbulento para a diretoria. Além de não ter conquistado títulos, demitiu dois treinadores —Dorival Júnior e Levir Culpi—, além de ter lidado com uma série de críticas, a não renovação do meio-campista Lucas Lima, que acertou com o rival Palmeiras, e dificuldades financeiras, que culminaram em atrasos salariais.

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