SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Rússia foi banida pelo COI (Comitê Olímpico Internacional) de participar dos Jogos Olímpicos de Inverno PyeongChang (CDS), que serão realizados entre os dias 9 e 25 de fevereiro.
O banimento é uma resposta ao escândalo de doping em que o país esteve envolvido.
Esta é a primeira vez na história que uma nação é proibida de participar de uma Olimpíada, seja ela de verão ou de inverno, por causa de doping. Isto acontece apenas quatro anos após a Rússia sediar os jogos em Sochi.
Apesar do banimento total ao Comitê Olímpico Russo (ROC, em inglês), atletas do país poderão competir nos Jogos em competições individuais ou de equipes.
Estes competidores atuarão sob o nome de Atleta Olímpico da Rússia (OAR, na sigla em inglês) e a bandeira olímpica. Nas cerimônias de premiação, será executado o Hino Olímpico.
Para ter a participação autorizada pelo COI, estes atletas precisarão provar que não estão envolvidos no escândalo de doping.
Outra medida anunciada nesta terça-feira (5) pelo COI é a proibição de Vitali Mutko, ex-ministro do Esporte e atualmente vice, de estar presente em qualquer Olimpíada a partir de agora. Mutko é o presidente do Comitê Organizador da Copa do Mundo de 2018.
Alexander Zhukov, presidente do ROC, foi suspenso como membro do COI.
Além disso, nenhum oficial do Ministério de Esporte da Rússia será credenciado para os Jogos de PyeongChang.
A decisão tomada agora pelo COI é muito mais dura do que a tomada antes dos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016. Naquela ocasião, o órgão permitiu a participação de atletas russos sob a bandeira do país desde que provasse, que estavam limpos.
Da lista inicial de 389 atletas inscritos pelo ROC, somente 278 foram liberados pelo COI.
No atletismo, o país teve apenas uma representante: Daria Klishina. Ela foi liberada pela Associação das Federações Internacionais de Atletismo (Iaaf), que alguns meses antes havia suspendido a federação russa da modalidade.
Por causa do escândalo de doping que resultou na exclusão da Rússia de PyeongChang, o país já teve cassada 11 medalhas ganhas na Olimpíada de Sochi-2014, sendo quatro de ouro, seis de prata e uma de bronze.
Em virtude disso, a Rússia caiu do primeiro para o quarto lugar no quadro de medalhas.
O Comitê Paraolímpico Internacional (IPC, na sigla em inglês) foi mais duro na época da Rio-16 e, como faz agora o COI, proibiu a participação de atletas russos. Argumentou que o Comitê Paraolímpico Russo não tinha condições de "garantir a adequação nem a fiscalização de acordo com o código anti-dopagem do IPC, nem com o código anti-dopagem mundial dentro da sua jurisdição nacional, e nem respeitar as suas obrigações fundamentais como membros do IPC."
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