ALEX SABINO E SERGIO RANGEL, ENVIADOS ESPECIAIS
MOSCOU, RÚSSIA (FOLHAPRESS) - A Costa Rica entra na Copa do Mundo em uma condição inédita para o futebol do país. Não é mais zebra e isso será um peso para a seleção, admite o técnico Óscar Ramírez.
"Não vou falar em resultados, mas temos responsabilidade de ir bem. Como já fomos outras vezes. Em 1990 e 2014, passamos pela fase de grupos", relembra o ex-meia que fez parte do elenco que disputou o Mundial na Itália.
Em 26º no ranking da Fifa, a seleção tem quatro participações em Copa e, apesar de ter entrado sempre como azarão, passou duas vezes para o mata-mata. Em 2014, no Brasil, chegou às quartas de final e levou a Holanda ao limite. A equipe europeia apenas avançou à semifinal na disputa de pênaltis.
"Há uma tradição de que quando estamos em grupos considerados difíceis, com dois europeus, conseguimos escapar", afirma, mesmo que em 2002 e 2006, isso não tenha acontecido.
Ramírez sabe que a campanha de 2014 será a régua usada para medir o sucesso da campanha do seu time em 2018. A base de convocados é a mesma, mas ele não quer que seus jogadores se sintam pressionados. Quanto menos atenção, menor. No Mundial no Brasil, a Costa Rica estava no que foi considerado "grupo da morte". A discussão era quem passaria entre Inglaterra, Uruguai e Itália. Os costarriquenhos terminaram em primeiro, ficaram invictos e depois eliminaram a Grécia nas oitavas.
"Acreditar que vamos entrar em campo com a obrigação de chegar às quartas de final de novo pode ser um problema. Não precisamos disso. Temos condições de chegar, mas se acontecer, tem de ser da mesma forma do torneio no Brasil, sem ser notados", afirma.
A Costa Rica estreia contra a Sérvia, em 17 de junho, em Samara. É o jogo-chave para as duas seleções, acredita Óscar Ramírez. Não apenas por ser a estreia, mas porque ele afirmou três vezes para os jornalistas, após o sorteio, que há apenas uma vaga em disputa para três seleções. O Brasl já está garantido, segundo ele.
"Todos sabem que o Brasil vai passar. A questão é lutar pela segunda posição", finaliza.
Deixe seu comentário sobre: "Campanha de 2014 pode ser um peso para a Costa Rica em 2018, diz técnico"