THIAGO FERNANDES
BELO HORIZONTE, MG (UOL/FOLHAPRESS) - A crise nos bastidores do Cruzeiro parece longe de um fim. O Conselho Deliberativo deu um parecer positivo à carta enviada pelo advogado Guilherme Oliveira Cruz, conselheiro nato do clube, e iniciará a investigação à gestão de Gilvan de Pinho Tavares.
O aumento da dívida -a agremiação hoje tem um passivo de mais de R$ 300 milhões- e o débito de R$ 50 milhões na Fifa são pontos que preocupam Guilherme Cruz e também o Conselho. Não é à toa que uma investigação à atual diretoria deve se iniciar em breve.
A averiguação das contas do Cruzeiro deve acontecer até 31 de dezembro, quando se encerra o mandato de Gilvan. Não há, no entanto, necessidade de início antes da posse de Wagner Pires de Sá.
"Nós não temos um prazo, mas esperamos que seja feito o quanto antes. É uma questão contra a administração do senhor Gilvan, mas é em prol do Cruzeiro Esporte Clube. Se ela não acontecer agora e continuar na gestão do senhor Wagner, é uma questão relacionada à transparência. Temos de fazer de forma responsável para entender o porquê de o Cruzeiro se encontrar nessa situação", disse Guilherme Oliveira Cruz ao UOL Esporte.
Não é só uma investigação do Conselho Deliberativo que está em pauta. O advogado apoia também uma auditoria externa nas contas do clube.
"Perfeitamente. O Cruzeiro aprova toda e qualquer atitude que trouxer transparência em relação às contas. Toda a gestão que não seja de uma instituição privada é passiva de transferência. O conselho cobra que as contas da entidade sejam transparentes e partilhadas", comentou.
Embora tenha obtido títulos importante durante a sua gestão - duas edições de Campeonato Brasileiro e uma de Copa do Brasil -, Gilvan de Pinho Tavares encontrou dificuldades em relação às finanças. A dívida do clube supera a marca de R$ 300 milhões. Só em processos na Fifa, o débito se aproxima de R$ 50 milhões.
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