FÁBIO ALEIXO E LUIZ COSENZO
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O presidente do Lanús, Nicolás Russo, minimizou a suposta espionagem que o Grêmio teria feito utilizando um drone, conforme divulgou a "ESPN" na última segunda-feira (20).
Os dois times se enfrentam na decisão da Copa Libertadores. O primeiro jogo está marcado para esta quarta-feira (22), às 21h45, na Arena do Grêmio. A segunda partida está agendada para o dia 29, na Argentina.
"Nós não comprovamos nada, nem sabemos nada. Está tudo bem. Os jogos têm que ser jogados. O que importa que um veja o treino do outro? Não tem nenhum problema", disse Russo à reportagem.
Já a Conmebol não se pronunciará sobre o assunto.
O espião gremista foi flagrado pela "ESPN" na última sexta-feira (17). De acordo com a reportagem, o profissional estava há mais de uma semana na Argentina e teve hotel, carro e passagens aéreas pagas pelo clube e já havia filmado outras atividades fechadas. Ele costuma controlar as filmagens dos treinos de dentro do carro.
Assim que foi flagrado, o espião foi levado para prestar esclarecimentos na delegacia de polícia de Lanús e lá ficou por duas horas. Após prestar depoimento, ele foi liberado. O nome da pessoa não foi revelado.
O suposto funcionário do clube gaúcho disse para "ESPN" que não trabalha para o Grêmio e que usa o drone apenas para fazer fotos.
A reportagem afirma que tudo era de conhecimento da comissão técnica e também dos jogadores que assistiam às imagens feitas pelo espião antes dos confrontos.
De acordo com a emissora, o Grêmio já tinha usado o mesmo procedimento em outros jogos do torneio sul-americano, do Campeonato Brasileiro e da Copa do Brasil.
Após a exibição da reportagem, o diretor jurídico do Grêmio, Nestor Hein, afirmou que as provas apresentadas são "pífias". Ele disse desconhecer o caso e que aguarda mais provas para se posicionar.
"O Grêmio se utiliza de métodos legais para conduzir o clube em todos os seus departamentos, inclusive o de futebol", afirmou Hein, em contato com a "ESPN" Brasil.
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