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Brasileiros que brilham no kart na Europa esperam estar na F-1 em 5 anos

JULIANNE CERASOLI SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Com a despedida definitiva de Felipe Massa da Fórmula 1, fica a pergunta de quem será o próximo piloto brasileiro no grid. E apesar de outros nomes estarem em categorias mais próximas do topo, a carreira

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 15.11.2017, 10:35:00 Editado em 15.11.2017, 10:35:11
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JULIANNE CERASOLI

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SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Com a despedida definitiva de Felipe Massa da Fórmula 1, fica a pergunta de quem será o próximo piloto brasileiro no grid. E apesar de outros nomes estarem em categorias mais próximas do topo, a carreira de dois adolescentes chama a atenção. Caio Collet e Gianluca Petecof optaram ir cedo para a Europa mesmo antes de saírem do kart e esperam chegar à F-1 em “cinco a seis anos.”

Em entrevista à reportagem, Petecof explicou “nós dois sempre tivemos uma ideia de carreira diferente. O automobilismo brasileiro é forte, mas não está no nível técnico da Europa. Então sempre vimos isso, pensamos um pouco fora da caixinha, e desde cedo buscamos competir fora.”

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Foi por isso que ambos foram correr no Velho Continente há dois anos, e chegaram recentemente à final do Mundial, disputado na Inglaterra. Collet, que tem como empresário Nicolas Todt, mesmo profissional que trabalha com Felipe Massa, terminou em 25º depois de ter tido uma classificação difícil e largado em 33º entre 91 pilotos, e Petecof, que é patrocinado pela Shell e inclusive já participou de treinamentos na Academia da Ferrari, foi o sexto. “O nível de competição no Brasil é muito alto, mas as maiores equipes estão na Europa. Nós dois conquistamos todos os títulos aqui e fomos subindo rapidamente de categoria. Quando chegamos na categoria junior, em 2015, entedemos que, para dar esse passo adiante, teria que ser na Europa”, explicou Petecof.

Outro fator destacado por Collet é o patrocínio forte, “o que facilitou nossa decisão”. Mas nem tudo são flores para os meninos que vão competir tão longe do Brasil. “A escola é o único motivo pelo qual eu ainda moro no Brasil, mas ainda consigo conciliar o estudo com as viagens e tenho uma vida normal nesse sentido”, revela Collet. “Nesse sentido é diferente para os europeus. Se você já mora lá mais tempo, não tem mais coisas para pensar, seu foco é só a competição. Então é uma vantagem que eles têm sob a gente.”

No caso de Petecof, a saída foi fazer uma escola online, baseada na Califórinia. “O programa é muito bom e me ajudou muito, porque chegou um ponto em que eu não estava conseguindo mais conciliar, estava perdendo muita aula. Para os pilotos, é uma das coisas mais difíceis.”

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Nascidos já no terceiro milênio, os dois obviamente não viram Ayrton Senna correr, e acabam se espelhando nos pilotos atuais. “Para mim, a referência é o Sebastian Vettel, desde que eu comecei no kart. E também tem o Lewis Hamilton, que vem batendo muitos recordes. No grid da F-1 hoje tem pilotos muito bons, até como o Verstappen, que há pouco tempo estava vivendo o que nós vivemos agora no kart e de repente deu esse salto”, diz Petecof. “Eu penso em pegar o melhor de cada um, tanto na maneira deles trabalharem na pista quanto fora dela, e eu observo e tento encaixar na minha rotina”, aponta Collet.

Encaixar na rotina para buscar o objetivo de ambos: chegar à F-1. Os dois kartistas reconhecem que será estranho acompanhar a categoria sem ter um brasileiro em quem se espelhar, mas garantem que o hiato lhes dá ainda mais força. “Não ficamos nos colocando nessa pressão de ‘tem que ser eu o próximo cara’. Mas sim sempre tentamos fazer nosso melhor”, reforça Collet. “Preocupa um pouco. Porque não apenas tínhamos pilotos, mas pilotos fortes, campeões, pilotos na Ferrari. Fica um pouco estranho ligar a TV no domingo de manhã e não ter um brasileiro para torcer. Para nós, só aumenta a motivação para ocupar esse espaço logo”, completa Petecof.

Mas quão logo? Atualmente, a Federação Internacional de Automobilismo tem apostado na construção de um caminho bastante sólido para os pilotos, com a Fórmula 4, que veio preencher um vazio que existia para quem estava saindo do kart, Fórmula 3 ou GP3 e a Fórmula 2. E os pilotos têm tentado ficar, no máximo, dois anos em cada degrau, o que explica a conta de Collet: “Depende de muitas coisas, mas a gente espera estar chegando na F-1 em cinco ou seis anos.”

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