LUIZ COSENZO
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Menos de um ano após assumir o comando da seleção feminina de futebol, a técnica Emily Lima, 36, foi demitida do cargo nesta sexta-feira (22). A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) não divulgou o motivo da demissão.
A decisão aconteceu menos de 24 horas após a equipe retornar ao país. Nos últimos dias, o time perdeu dois jogos para a Austrália
A demissão da treinadora já era prevista na CBF após a segunda partida, realizada no último dia 19. Tanto é que um grupo de jogadoras elaborou uma carta para que a técnica fosse mantida no comando. A carta foi entregue para o coordenador técnico da seleção feminina, Marco Aurélio Cunha, para que fosse repassada ao presidente da entidade, Marco Polo Del Nero.
A reportagem apurou, no entanto, que a decisão pela no comando já havia sido decidida pelo presidente da confederação.
O mandatário foi o principal entusiasta da contratação da treinadora há um ano. Na oportunidade, ele chegou a consultar outros dirigentes da entidade, que não eram favoráveis a mudança.
Emily foi a primeira mulher a comandar uma seleção brasileira na categoria principal.
O começo foi empolgante com sete vitórias seguidas. Nas últimas seis partidas, porém, empatou uma vez e perdeu cinco: para a Alemanha, Estados Unidos e três em sequência para a Austrália.
"A justificativa da demissão já é conhecida por todos técnicos e técnicas do Brasil, os números. Na minha cabeça para evoluir é essencial atuar contra seleções mais fortes. Foi o que fiz. Foram sete vitórias, um empate e cinco derrotas", disse Emily, que alega não ter tido respaldo de Cunha. "Um time só vai para a frente unido e infelizmente eu não tinha o respaldo do coordenador técnico. Meu jeito de trabalhar intensamente não era bem visto", postou em sua página no Facebook.
Marco Aurélio Cunha não quis se pronunciar sobre a crítica. Vadão e Caio Couto, do Santos, são cotados para o cargo.
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