SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Globo, detentora dos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro, afirmou nesta quarta-feira (20) que a implementação do árbitro de vídeo na competição "demanda tempo".
Foi a primeira manifestação da empresa carioca sobre o assunto desde a última segunda-feira (18), quando o presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, pediu a nova tecnologia "o quanto antes nas partidas da competição".
Ele tomou a decisão após o gol marcado pelo atacante Jô com o braço na vitória do Corinthians sobre o Vasco por 1 a 0, no domingo (17), no Itaquerão.
A Globo, que seria a responsável por gerar as imagens para os árbitros de vídeo durante os jogos do Brasileiro, disse que já conversa com a CBF sobre a implementação do sistema desde o início de 2016.
"Mas devido à complexidade da operação, esse é um projeto que demanda tempo para selecionar, treinar operadores, padronizar estádios com equipamentos necessários, simular testes com os times de operador de replay, técnico e árbitro de vídeo CBF", disse a emissora em comunicado.
"Vale lembrar que o sinal dos jogos produzidos tanto pela Globo como pela Globosat tem o objetivo único de gerar a melhor cobertura e experiência para o telespectador. Para o projeto de vídeo arbitragem são necessários ajustes e inclusões de câmeras que não fazem parte do modelo atual de captação de TV".
De acordo com a Globo, foram feitos testes na prática para atender a demanda de produzir todos os 380 jogos do Brasileirão, que "levam em conta as regras da Fifa e a Internacional Board, órgão responsável pelas regras do futebol, e as premissas da CBF.
Confira o comunicado da Globo na íntegra:
"Globo e Globosat colaboram com o projeto de vídeo arbitragem pois entendemos ser uma evolução natural do esporte em concordância com os diversos players internacionais ligados ao Futebol.
Estamos em conversas com a CBF desde o início de 2016 sobre de que maneiras poderíamos cooperar com a Confederação para a implementação do Árbitro de Vídeo no Campeonato Brasileiro.
Avaliamos alternativas e soluções e fizemos testes na prática. A partir destes resultados, apresentamos propostas para atender a demanda de produzir todos os 380 jogos do Brasileirão, que levam em conta as regras da FIFA e a IFAB (Federação Internacional de Arbitragem) e as premissas da CBF. Estas propostas estavam sendo avaliadas para uma possível implementação em 2018.
Foram feitos testes offline (sem interferência no resultado do jogo) nas Finais do Campeonato Carioca 2016 e um teste online (com comunicação com árbitro) na final do campeonato pernambucano 2017.
Mas devido à complexidade da operação, esse é um projeto que demanda tempo para selecionar, treinar operadores, padronizar estádios com equipamentos necessários, simular testes com os times de operador de replay, técnico e árbitro de vídeo CBF.
Vale lembrar que o sinal dos jogos produzidos tanto pela Globo como pela Globosat tem o objetivo único de gerar a melhor cobertura e experiência para o telespectador. Para o projeto de vídeo arbitragem são necessários ajustes e inclusões de câmeras que não fazem parte do modelo atual de captação de TV."
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