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'Facilidade' e discurso complicam Inter na Série B

MARINHO SALDANHA PORTO ALEGRE, RS (UOL/FOLHAPRESS) - A cada infortúnio em casa, um novo protesto. Dos gritos ao vandalismo, das vaias aos furtos na loja oficial do clube. A situação do Inter na Série B é tensa, principalmente na relação com sua torcida. E

Da Redação

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Publicado em 10.07.2017, 09:45:07 Editado em 10.07.2017, 09:45:07
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MARINHO SALDANHA

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PORTO ALEGRE, RS (UOL/FOLHAPRESS) - A cada infortúnio em casa, um novo protesto. Dos gritos ao vandalismo, das vaias aos furtos na loja oficial do clube. A situação do Inter na Série B é tensa, principalmente na relação com sua torcida. E as razões para isso vão além da falta de bons resultados. A expectativa criada e o discurso já na abertura da temporada só amplificam a decepção na capital gaúcha.

O time gaúcho abriu o ano prometendo tranquilidade. Na Série B pela primeira vez na história, o discurso da direção desde que assumiu o comando do clube era "formar um time de Série A". A ideia previa contratar jogadores sem as características padrão para segunda divisão. Em vez do esforço e da força física, técnica apurada e valor de mercado.

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E assim se fez. Chegaram atletas como Uendel, titular no Corinthians, Cirino, do Flamengo, Pottker, goleador do último Brasileiro e craque do Paulista, Edenílson, que jogava na Itália, Gutiérrez, vindo da Espanha. Faltou, porém, o 'perfil da segunda'.

Na abertura dos trabalhos, outra frase deixava evidente o que o Inter pensava sobre 2017. "Não vamos subir na última rodada, mas com vários jogos de antecedência. Alguma tranquilidade", falou o técnico Antonio Carlos Zago, responsável por abrir os trabalhos. Ali, a expectativa de facilidade estava clara. Não foi o que aconteceu.

Mais adiante, depois de perder a final do Gauchão, em entrevista exclusiva ao UOL Esporte, Zago mostrou que a avaliação seguia a mesma. Ele não escondeu o favoritismo vermelho na competição. "O Inter entra como favorito à vaga e ao título. Não vamos esconder isso", afirmou.

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O ex-zagueiro durou três rodadas. Guto Ferreira assumiu o clube e percebeu que a expectativa alta não condizia com a realidade de dificuldades que se apresentavam. E isso turbinou a torcida a protestar. Decepcionados a cada vez que o resultado não vinha, os aficionados reclamavam muito. E do pleito à violência o caminho mostrou-se curto.

"A expectativa é que gera a cobrança. Quando é baixa, tudo que se faz a mais pode surpreender. Quando se cria uma expectativa grande, o pouco que não se faz gera uma decepção e uma frustração... Logicamente que junto vem uma situação negativa. Eu acho que nossa expectativa é respeitar os adversários", avaliou Guto.

Tal ideia já foi repassada aos jogadores. Antes planejando entre 80% e 90% de aproveitamento em casa nas palavras do capitão D'Alessandro, agora os atletas do Inter dizem que é hora de 'ter medo de perder'. "Temos que entrar respeitando o adversário e tendo medo de perder a partida, não achando que o gol vai sair a qualquer momento", disse o meio-campista Edenílson na última semana.

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A dificuldade também é imposta por estratégias diferentes de adversários quando jogam contra o Inter. O repetido status de 'melhor elenco da Série B' acabou transformando os duelos com o time vermelho um torneio totalmente diferente dos jogos sem a participação dele.

"Tem a superação e estratégias de jogos que nos criam dificuldades. Pelo que o Inter significa, os adversário jogam extremamente atrás, pelo contra-ataque, a transição rápida e o gol. Há um desgaste. O Inter tem que buscar sempre dois gols, senão acontece como contra o Juventude, que sofremos no final e o empate em casa também não interessa", explicou o treinador. "Posso dizer que é um bom elenco [do Inter], mas o melhor é o que está dando resultado. Hoje não posso dizer isso. A medida que conseguirmos melhorar, vamos poder dizer", completou.

Nesta terça-feira (11), o adversário será o Ceará. O jogo abre uma série de duas partidas fora de casa para o Inter buscar recuperação na competição.

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