SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Bernie Ecclestone, diretor-executivo da Formula One Management (FOM) até o início de 2017, era responsável por muito do atraso da Fórmula 1. Pelo menos na opinião de Chase Carey, novo chefe da categoria.
Em entrevista à agência Press Association, Carey afirmou que Ecclestone vetava muitas ideias para renovar a F1, e que isso provocava frustração em muitos dos protagonistas da categoria. Qual é o valor de uma ideia se a resposta para tudo que você quer fazer é não? Tudo que isso faz é provocar frustração. Há uma porção de coisas que não foram feitas e que precisam ser feitas. Sentimos que o esporte, nos últimos cinco ou seis anos, não foi administrado de forma a explorar plenamente seu potencial, afirmou.
Desde que o grupo Liberty Media, encabeçado por Chase Carey, assumiu o controle da Fórmula 1, a categoria deu passos importantes em questões como distribuição de conteúdo em redes sociais. O dirigente, porém, afirma que as principais melhorias devem levar algum tempo. Nós nos importamos mais com o futuro do esporte em três anos do que em três meses. Bernie sobre esteve focado em curto prazo, e nosso foco é constituir valor a longo prazo, disse Carey que, no entanto, adotou um discurso político para elogiar o antecessor. Todos nós cometemos erros e ninguém é perfeito. Bernie conduziu o negócio por anos e o vendeu por US$ 8 bilhões. Ele merece todo o crédito do mundo pelo que fez. Mas, no mundo de hoje, você precisa dar mercado a um esporte. Não estávamos dando mercado ao esporte, completou.
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