LUIZ COSENZO
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Ponte Preta já afirmou que não abrirá mão de jogar no estádio Moisés Lucarelli a primeira partida da final do Campeonato Paulista. A equipe enfrentará na decisão da competição o classificado do duelo entre Corinthians e São Paulo, que se enfrentam neste domingo (23), no Itaquerão.
O time de Campinas garantiu vaga na final após perder para o Palmeiras por 1 a 0, neste sábado (22), no Allianz Parque, pela segunda partida da semifinal. Na ida, o clube de Campinas havia vencido o rival em seu estádio por 3 a 0.
"Não posso falar pela diretoria, mas na minha opinião temos que jogar no nosso estádio. Fizemos um campeonato seguro dentro do Moisés Lucarelli. Precisamos fazer o primeiro jogo em Campinas do lado do nosso torcedor. Vou conversar com a diretoria", disse o técnico Gilson Kleina logo após a partida.
"O primeiro jogo é importante para adquirir uma vantagem. Dentro do Moisés Lucarelli, a Ponte Preta é forte. Sabemos que vamos encarar uma equipe forte independente se for Corinthians ou São Paulo", acrescentou.
Ainda no Allianz Parque, integrantes da diretoria da Ponte Preta asseguraram que a partida será no Moisés Lucarelli.
De acordo com o regulamento do Campeonato Paulista, "a designação do local onde serão realizadas as partidas da fase de quartas de final, semifinal e final caberá ao DCO (Departamento de Competições)".
Na próxima segunda-feira (24), representantes das equipes finalistas vão se reunir na FPF (Federação Paulista de Futebol) para definir os detalhes da decisão.
No ano passado, a FPF marcou os jogos da final entre Santos e Audax para o estádio José Liberatti, em Osasco, e para a Vila Belmiro, em Santos. Em Osasco, a capacidade oficial é para 12.787 pessoas, enquanto a Vila Belmiro comporta 16.713, segundo a entidade.
O estádio Moisés Lucarelli tem capacidade para 19.221, segundo laudo disponibilizado no site da FPF.
Em 2014, Santos e Ituano disputaram os dois jogos da final no Pacaembu após um acordo das diretorias.
CLASSIFICAÇÃO
O técnico da Ponte Preta, Gilson Kleina, admitiu que sua equipe fez um jogo contra o Palmeiras para garantir a classificação para a final.
"Jogamos pela classificação. Sabíamos que esse segundo jogo seria difícil. Mexemos com o brio do Palmeiras. A classificação passou totalmente pelo primeiro jogo. Tivemos competência de fazer o resultado em Campinas", disse Kleina, que citou as dificuldades encontradas neste sábado, principalmente no primeiro tempo.
"O Palmeiras começou com os laterais avançados. O Egídio e o Jean jogavam avançados, o Felipe Melo como um terceiro zagueiro e o Róger Guedes e o Borja enfiados. Isso atrapalhou a gente no primeiro tempo. Tínhamos que fazer um encaixe para estar mais seguro. No intervalo, fechamos os lados e conseguimos neutralizar o adversário. Depois dos 30 minutos, o adversário só jogou com cruzamentos para a área", analisou.
A Ponte Preta busca o seu primeiro título de expressão em 117 anos de história. Foi vice-campeão paulista em seis oportunidades: 1929, 1970, 1977, 1979, 1981 e 2008.
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