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Filho de Caio Júnior critica dirigentes da Chapecoense

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Matheus Saroli, filho do treinador Caio Júnior, morto no acidente com o avião da Chapecoense em novembro, criticou os atuais dirigentes do clube catarinense. Em uma postagem no Facebook, Saroli afirmou que o time atualmente "

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 05.04.2017, 20:00:07 Editado em 05.04.2017, 20:00:10
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Matheus Saroli, filho do treinador Caio Júnior, morto no acidente com o avião da Chapecoense em novembro, criticou os atuais dirigentes do clube catarinense.

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Em uma postagem no Facebook, Saroli afirmou que o time atualmente "é dirigido por pessoas que não tem ligação com as vítimas. A ligação deles é com o marketing, com a expansão, com o retorno, com a captação, e o blá blá blá", escreveu ele durante o duelo da Chapecoense com o Atlético Nacional, pela partida de ida da final da Recopa Sul-Americana.

"Contratação de diretor artístico, patrocínio em carros de corrida, show pirotécnico, salário em dia para os atletas e comissão da tão importante reconstrução do clube. Minha pergunta é: Será que se o clube tirasse o ano, ou o semestre pelo menos para dar atenção única e exclusiva às vitimas teríamos outro cenário? Teríamos outro tipo de atenção da mídia, visando apenas ajudar os que merecem nesse momento?", continuou Matheus Saroli sobre a festividade que a equipe fez nos dois dias antes da partida contra o time colombiano.

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O Atlético Nacional seria o rival da Chapecoense na final da Copa Sul-Americana. A decisão, porém, não foi realizada após o acidente aéreo que vitimou 71 pessoas na véspera da partida na Colômbia.

O vice-presidente jurídico do clube catarinense, Luiz Antônio Palaoro, afirmou respeitar a opinião do filho de Caio Júnior, mas não concorda com as críticas.

"A opinião dele é isolada. Vai do fórum íntimo de cada um. Não fizemos uma festa e, sim, uma homenagem de retribuição ao povo colombiano que fez muito pela Chapecoense após o acidente, e 99,9% das pessoas gostaram da retribuição", disse.

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"As pessoas que pensam ao contrário vão ser rechaçadas pela opinião pública", completou o dirigente.

A família do técnico Caio Júnior já afirmou que vai à Justiça pedir indenização da Chapecoense no valor de cerca de R$ 30 milhões.

Segundo o advogado Luiz Fernando Pereira, o valor foi calculado com base em entendimentos já consolidados de tribunais sobre o assunto. Viúvas de atletas -como Bruno Rangel, Gil e Ananias- também entraram na Justiça contra o clube catarinense.

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"Hoje vou postar sobre um assunto no mínimo inesperado, mas poderia usar outros adjetivos como: triste, absurdo, ridículo, ganancioso, entre outros. Como já deixei claro em uma entrevista recente, o foco do clube é na reconstrução.

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Vamos deixar claro, reconstrução de algo construído única e exclusivamente por pessoas que não estão mais entre nós. Estou falando do presidente, diretor financeiro, diretor de futebol, entre outras pessoas importantíssimas que criaram este projeto do nada anos atrás, e tiraram a Chapecoense de um patamar de clube praticamente inexistente para um time de Serie A. Aí então veio o trabalho inesquecível e absolutamente heroico de sua comissão técnica e atletas, que levou o clube ao título de Campeão da Copa Sul-Americana 2016.

Hoje o clube é dirigido por pessoas que não tem ligação com as vítimas. A ligação deles é com o marketing, com a expansão, com o retorno, com a captação, e blá blá blá. Impressionante o quanto eles estão preocupados com a reconstrução do clube, que continua vivo, mas não em uma construção de uma imagem de todos os guerreiros que doaram a vida pelo clube. Pela construção de famílias sem pais para filhos pequenos e mãe desamparadas, de famílias sem seus filhos e irmãos queridos.

Contratação de diretor artístico, patrocínio em carros de corrida, show pirotécnico, salário em dia para os atletas e comissão da tão importante reconstrução do clube. Minha pergunta é: Será que se o clube tirasse o ano, ou o semestre pelo menos para dar atenção única e exclusiva às vitimas teríamos outro cenário? Teríamos outro tipo de atenção da mídia, visando apenas ajudar os que merecem nesse momento? Teríamos o numero de pessoas necessário para ajudar crianças pequenas com tratamento psicológicos e inúmeras outras situações? Teríamos pessoas para resolver toda questão burocrática envolvendo mais de 50 famílias que até hoje não foram todas resolvidas? Mas não, contratar um diretor artístico para uma festa absurda e um elenco inteiro novo é prioridade da reconstrução.

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Gostaria que hoje as pessoas que lessem este post consigam entender o nosso sentimento perante esse acidente raríssimo, que deveria ter sido evitado. Desde o erro na escolha da empresa, até a falta de ações de praxe no meio jurídico como a conferencia da apólice do seguro da empresa de aviação. Isso são detalhes, que não conseguem passar a dimensão do que nós, vitimas, sentimos diante de um acontecimento tão triste e surreal

Amigos e também vitimas do acontecido que se encontram hoje em Chapecó não conseguem passar o dia em paz. Descreveram com as seguintes palavras "Desespero total ontem e hoje." "O clima tá estranho." "Parece Carnaval."

Também gostaria de chamar atenção para algumas frases e termos sendo usados na FESTA de hoje em Chapecó, e na decisão futebolística que hoje acontecerá aonde os corpos de nossos queridos foram retornados quando vindo da Colômbia

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"Reconstruída, a Chapecoense chega para a partida com cinco vitorias."

"Saber diferenciar o que é festa, solidariedade, mas é um jogo de futebol, o desejo de vencer a partida.".

FAN FEST (!), SHOW, DIRETOR ARTÍSTICO, SHOWS PIROTÉCNICOS, TRIO ELÉTRICO, FOGOS DE ARTIFÍCIO.

Por fim, espero que fique claro que eu e minha família somos a favor da continuação da Chapecoense, é um clube querido para nós

Estou aqui protestando apenas como a forma dessa "reconstrução emergencial" está sendo conduzida por pessoas que estão focadas no que, na minha opinião, deveria ser secundário.

Eu apoio #prasemprePipe #prasempreCaioJunior #prasempreDuca #unidasporamor".

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