MAIS LIDAS
VER TODOS

Esportes

Caixa corta até 20% de verba para atletismo e esporte paraolímpico

PAULO ROBERTO CONDE SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Uma das principais patrocinadoras do esporte olímpico brasileiro, a Caixa Econômica Federal vai reduzir o repasse a confederações para o próximo ciclo olímpico, que se encerra em 2020. Das estatais que fom

Da Redação

·
Escrito por Da Redação
Publicado em 31.03.2017, 06:00:00 Editado em 31.03.2017, 06:00:12
Imagen google News
Siga o TNOnline no Google News
Associe sua marca ao jornalismo sério e de credibilidade, anuncie no TNOnline.
Continua após publicidade

PAULO ROBERTO CONDE

continua após publicidade

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Uma das principais patrocinadoras do esporte olímpico brasileiro, a Caixa Econômica Federal vai reduzir o repasse a confederações para o próximo ciclo olímpico, que se encerra em 2020.

Das estatais que fomentam o esporte olímpico do país, somente o banco e a Petrobras ainda não anunciaram seus programas de investimento para os próximos anos.

continua após publicidade

Mas a reportagem apurou que a Caixa já avisou as entidades dos cortes orçamentários. Todos os novos contratos ainda serão assinados e ligeiras variações podem ser feitas.

A CBAt (Confederação Brasileira de Atletismo), cujo banco é o principal financiador, terá redução de 10% no que receberá até os Jogos de Tóquio na comparação com o que teve entre 2013 e 2016.

Na campanha para a Rio-2016, a entidade obteve R$ 90 milhões da estatal, que a patrocina há 16 anos.

continua após publicidade

Nesta temporada o atletismo já verá um retrocesso. O aporte para o ano será R$ 3 milhões menor do que o recebido em 2016 --cerca de R$ 16 milhões para R$ 13 milhões.

Foram quatro ciclos olímpicos com apoio da Caixa. No período, o atletismo brasileiro conquistou duas medalhas de bronze e duas de ouro. Na Rio-2016, a única conquista foi a medalha de Thiago Braz (ouro no salto com vara).

Como a verba da estatal tem demorado a sair, a CBAt já efetuou cortes de pessoal.

continua após publicidade

O CPB (Comitê Paralímpico Brasileiro) foi a entidade esportiva que mais obteve recursos do banco nos últimos anos, mas nem a condição de potência da equipe nacional o poupou de um arrocho.

Dos R$ 120 milhões do ciclo anterior, o comitê terá R$ 95 milhões para 2020 --queda de R$ 25 milhões, ou seja, aproximadamente 21%.

continua após publicidade

No caso do comitê, a queda no patrocínio é suavizada pelo aumento no percentual de arrecadação da Lei Piva --que dá ao esporte parte do obtido com loterias federais. Desde o ano passado, o CPB mais que duplicou seu ganho.

O Brasil terminou os Jogos Paraolímpicos do Rio com 72 medalhas, das quais 14 de ouro, e na oitava posição segundo o número total de pódios.

Nos Jogos do Rio, a ginástica brasileira teve o melhor desempenho de sua história, com duas pratas e um bronze --todas no masculino.

continua após publicidade

Mas também deve sofrer alguma redução no contrato com a Caixa, que patrocina a CBG (confederação brasileira) da modalidade desde 2006 e lhe destinou R$ 35 milhões entre 2013 e 2016.

COMPASSO DE ESPERA

Outras duas confederações patrocinadas pelo banco até o final de 2016 ainda aguardam definição quanto à renovação de seus contratos.

continua após publicidade

A Confederação Brasileira de Wrestling, que regula as lutas associadas, ganhou um pouco mais de R$ 11 milhões da estatal no último ciclo.

Se o vínculo for renovado, deve ocorrer um abatimento de R$ 2 milhões no investimento. A expectativa é a de que uma definição ocorra na primeira semana de abril.

Com o ciclismo a situação é idêntica. Recebedora de R$ 17 milhões entre 2013 e 2016, a confederação brasileira da modalidade já trabalha com declínio no patrocínio.

Oficialmente, a Caixa afirmou que "não se manifestará sobre os patrocínios às confederações enquanto as negociações não estiverem finalizadas".

A instituição planejava definir seu plano de ação em relação aos patrocínios no máximo até meados de janeiro.

A Caixa anunciou na terça-feira (28) que em 2016 teve queda de 42% em seu lucro em relação a 2015 --caiu de R$ 7,1 para R$ 4,1 bilhões.

Estatais como Correios e Banco do Brasil também anunciaram cortes em repasses para confederações esportivas.

Gostou desta matéria? Compartilhe!

Icone FaceBook
Icone Whattsapp
Icone Linkedin
Icone Twitter

Mais matérias de Esportes

    Deixe seu comentário sobre: "Caixa corta até 20% de verba para atletismo e esporte paraolímpico"

    O portal TNOnline.com.br não se responsabiliza pelos comentários, opiniões, depoimentos, mensagens ou qualquer outro tipo de conteúdo. Seu comentário passará por um filtro de moderação. O portal TNOnline.com.br não se obriga a publicar caso não esteja de acordo com a política de privacidade do site. Leia aqui o termo de uso e responsabilidade.
    Compartilhe! x

    Inscreva-se na nossa newsletter

    Notícia em primeira mão no início do dia, inscreva-se agora!