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Botafogo já recusou quase R$ 1 mi por mês para não ceder Engenhão

BERNARDO GENTILE E VINICIUS CASTRO SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - A insatisfação com o Flamengo é tanta que o Botafogo prefere abrir mão de ganhar dinheiro ao ceder o Estádio Nilton Santos (Engenhão) ao maior rival. Com a ausência do Maracanã, o clube a

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 02.03.2017, 10:29:16 Editado em 02.03.2017, 10:30:09
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BERNARDO GENTILE E VINICIUS CASTRO

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SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - A insatisfação com o Flamengo é tanta que o Botafogo prefere abrir mão de ganhar dinheiro ao ceder o Estádio Nilton Santos (Engenhão) ao maior rival. Com a ausência do Maracanã, o clube alvinegro teve grande oportunidade para lucrar com os jogos dos demais cariocas, mas isso não vem ocorrendo.

No ano passado, antes de tomar a Arena da Ilha do Botafogo, o Flamengo tinha planos de alugar o Engenhão para alguns jogos e chegou a cogitar o pagamento de R$ 300 mil por partida. Normalmente, cada clube tem entre três e quatro duelos mensais como mandante. Assim, o time alvinegro abriu mão de cerca de R$ 1 milhão por mês.

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O valor é considerável para o Botafogo, que encaminhou parceria com a Caixa Econômica Federal por R$ 10 milhões. Assim, a oferta do Flamengo para utilizar o Engenhão poderia ser até mesmo maior que a principal receita do Alvinegro com patrocínios.

Os clubes voltaram a se envolver em polêmica na última quarta-feira (1). Isso porque a final da Taça Guanabara, entre Flamengo e Fluminense, foi marcada para o Engenhão mesmo com a discordância do Botafogo, que queria o jogo no Maracanã.

A decisão da Ferj contrariou o Alvinegro, que deixou a reunião após o Tricolor ser sorteado como mandante do clássico. Isso impediu que o Rubro-negro tivesse torcida única no Nilton Santos, o que já deixou o clube de General Severiano satisfeito.

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"O Botafogo não é prejudicado. A nossa posição é a de não liberar o estádio para clubes com os quais não mantemos relações comerciais. Estamos subordinados ao regulamento e à justiça", disse o presidente Carlos Eduardo Pereira.

Apesar de contrariado, o Botafogo vai lucrar com a final da Taça Guanabara. Além do aluguel de R$ 200 mil, o time alvinegro ficará com a verba de bares, camarotes e estacionamento.

Segundo a reportagem apurou, a diretoria do Flamengo trata o imbróglio com o Botafogo como uma "briga de um lado só". Os cartolas rubro-negros acreditam que o time alvinegro tenta se colocar como inimigo do clube da Gávea na expectativa de contar com a simpatia de parte mais radical da torcida. Algumas tentativas de diálogo ocorrem, mas a resistência aparentemente está consolidada.

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Procurado pela reportagem para falar sobre o assunto, o presidente Eduardo Bandeira de Mello adotou tom conciliador em um momento delicado do futebol carioca.

"Nunca hostilizamos o Botafogo e achamos que os dirigentes devem se entender. O respeito é fundamental até como forma de dar exemplo aos torcedores e promover a paz nos estádios. Só jogaremos no Engenhão desta vez porque o regulamento do Campeonato Carioca assim determina. Zelaremos fielmente pela integridade do equipamento, como fazemos com qualquer estádio público ou privado", afirmou, acrescentando.

"Sempre respeitaremos a posição do Botafogo, como concessionário de um estádio público, de fazer o que achar conveniente dentro dos limites do contrato de concessão. Como clube cidadão, temos a obrigação de defender os direitos e deveres do concessionário e do concedente, que é o representante dos contribuintes municipais", completou.

A mais recente rivalidade entre Botafogo e Flamengo teve início após piada do Porta dos Fundos gravada na Gávea. O vídeo contava com o lançamento da camisa oficial do Flamengo e ironizava a quantidade de patrocinadores do clube alvinegro na época. O caso segue na Justiça.

O segundo ato foi a contratação de Willian Arão. Após se destacar na Série B, o volante ignorou uma cláusula de renovação automática por mais um ano com o Botafogo e decidiu ir para o Flamengo. O time alvinegro luta para ser ressarcido, mas perdeu nas três instâncias no Rio de Janeiro e, agora, recorrerá no pleno, em Brasília. O imbróglio continua e não tem prazo para terminar.

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