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Processo de impeachment marca fim de grupo que dominou Corinthians

ALEX SABINO E GUILHERME SETO SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O processo de impeachment de Roberto de Andrade marca o esfacelamento do grupo político mais forte do Corinthians na última década. Ao assumir a presidência do Corinthians em 2007, Andres Sanchez

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 20.02.2017, 17:10:28 Editado em 20.02.2017, 23:13:40
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ALEX SABINO E GUILHERME SETO

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O processo de impeachment de Roberto de Andrade marca o esfacelamento do grupo político mais forte do Corinthians na última década.

Ao assumir a presidência do Corinthians em 2007, Andres Sanchez e diversos de seus aliados apresentaram como slogan a ideia de "Renovação e Transparência", que viria a se tornar o nome da chapa política que dominaria o Corinthians a partir dali. Todos os últimos presidentes do Corinthians -Sanchez (2007-2009;2009-2011), Mario Gobbi (2012-2015) e Roberto de Andrade (2015)- fizeram parte da chapa que na origem marcou oposição a Alberto Dualib, de quem Sanchez foi diretor e que foi condenado por improbidade administrativa durante seu mandato.

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Em entrevista à TV Gazeta em outubro de 2016, Sanchez chegou a afirmar que o "Renovação e Transparência" acabou.

De um lado estão Sanchez, André Luiz de Oliveira, Manoel Ramos Evangelista (conhecido como "Mané da Carne"), Jacinto Antonio Ribeiro (o "Jaça") e dezenas de conselheiros que continuam no grupo do deputado federal (PT), que segue sendo a figura mais influente do clube. No entanto, figuras fortes como o médico Jorge Kalil, o desembargador Guilherme Strenger (TJ-SP) e o economista Sergio Janikian afastaram-se do núcleo do "Renovação e Transparência" e atualmente se definem como dissidência.

Nesta segunda-feira (20), será possível sentir como essa dissolução do grupo mexeu com as forças políticas no Corinthians.

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Os dissidentes saíram da chapa por insatisfação com a maneira com que o clube tem sido administrado e, especialmente, com Sanchez. Os escândalos envolvendo o clube e o endividamento crescente desde a construção da Arena Corinthians são imputados ao ex-presidente, que continua atuando nos bastidores do clube. Por isso, eles desejam a saída de Andrade, cujo mandato não conseguiu enxugar os episódios de repercussão negativa, muitas vezes ligados à influência de Sanchez, como, recentemente, o envio de chefe de segurança do clube e amigo de Sanchez, conhecido como coronel Dutra, para sorteio da Conmebol como representante oficial do clube; e nem conter a sangria financeira do clube.

Kalil era vice-presidente de Andrade, mas se incomodou com a falta de autonomia e saiu; Strenger é presidente do conselho deliberativo; e Janikian foi diretor de futebol.

PROCESSO DE IMPEACHMENT

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Se a abertura do processo de impeachment de Roberto de Andrade for aprovada, Andrade terá de se afastar do cargo, que será ocupado interinamente por André Luiz de Oliveira, conhecido como André Negão.

O pedido de impeachment é apoiado na denúncia de que Roberto de Andrade assinou, dois dias antes de ser eleito presidente, lista de presença na assembleia-geral da Arena Corinthians quando foi decidida a contratação da empresa Omni para administrar o estacionamento do estádio.

O contrato com a Omni foi assinado por ele em 10 de janeiro de 2015, 27 dias antes de sua posse.

A primeira chamada dos conselheiros será às 18 horas de segunda (20). A votação está prevista para começar às 19 horas.

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