SÉRGIO RANGEL
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - A empresa responsável pela segurança do Maracanã registrou nesta terça-feira (10) um boletim de ocorrência informando o furto de dois bustos do acervo da arena.
Um deles é do jornalista Mario Filho, que dá o nome oficial ao estádio. A peça era de cobre.
O outro busto furtado foi o de Ângelo Mendes de Morais, prefeito do Rio durante a construção do Maracanã nos anos 40.
Agentes da 18ª Delegacia de Polícia realizaram perícia no estádio nesta terça.
Em nota, a Ferj (federação de Futebol do Rio de Janeiro) informou que está preocupada "com o presente e o futuro do estádio".
O Maracanã sofre com o sucateamento há pouco mais de três anos de sua reinauguração.
O estádio ainda está sem luz por causa da falta de manutenção de um dos equipamentos de energia.
Operadora do complexo durante os Jogos Olímpicos, a Rio 2016 entregou a arena ao Governo do Rio há cerca de um mês.
A Odebrecht, que administra o local, já anunciou que pretende se desfazer do negócio. A empresa tenta vender o Maracanã. Dois grupos estão interessados. Um é liderado pela Lagardère. O outro pelo Flamengo, que conta com a CSM e com a GL Eventos.
Caso o negócio não seja fechado, o Governo do Rio já anunciou que pretende fazer uma nova licitação. O vencedor só deverá ser definido no final do ano.
O Rio gastou cerca de R$ 1,2 bilhão para reformar o estádio.
"Se não houver intervenção imediata do governo para impedir os saques e a destruição do Maracanã, talvez de nada adiante a nossa reunião do dia 17", disse o presidente da Ferj, Rubens Lopes.
Neste dia, os clubes vão se reunir na sede da entidade para tentar encontrar uma solução para o estádio.
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