GUILHERME SETO
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Em reunião nesta segunda-feira (9) à noite, o presidente do Corinthians, Roberto de Andrade, se opôs frontalmente a demandas de Andrés Sanchez, rejeitou a indicação de aliados do ex-presidente e disse que enfrentará o processo de impeachment até o final, já que, em sua visão, "não fez nada de errado".
Andrés sugeriu que ele mesmo se tornasse superintendente de futebol; que Luis Paulo Rosemberg assumisse o departamento de marketing do clube; e que Raúl Correa tomasse conta do departamento financeiro. Segundo a reportagem apurou, diante do ex-presidente, de André Luiz de Oliveira, o "André Negão" (vice-presidente), e de Flávio Adauto (diretor de futebol), Andrade recusou as ideias e se negou a ter uma reunião a sós com Andrés. Com o desenrolar do encontro, ele ainda se irritou e deixou a sala sem terminar a conversa.
Sobre o processo de impeachment que enfrenta no clube, atualmente sob posse da comissão de ética, ele disse ter convicção de não ter feito nada de irregular, e por isso enfrentará os trâmites sem renunciar ao cargo. O motivo para a abertura do caso foi a presença de assinaturas do dirigente em atas de reuniões com a Odebrecht sobre a Arena Corinthians com datas anteriores à sua eleição, em fevereiro de 2015. Roberto alega que os documentos só chegaram às suas mãos depois da eleição.
De acordo com o UOL, durante esta segunda-feira (9) Roberto de Andrade enviou e-mails para todos seus dirigentes e convocou uma reunião para a quinta-feira (12), no Parque São Jorge. Segundo os membros, porém, a ideia é apenas traçar planos para 2017.
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