Licenciado junto a Federação Paranaense de Futebol desde 2014 e com o futuro indefinido, o Roma Esporte Apucarana completou 10 anos da sua principal conquista: o título da Copa 100 Anos da FPF. O feito deu ao clube a vaga para o Campeonato Brasileiro de 2007 e a Copa do Brasil de 2008. O título veio no empate de 1 a 1 com o Coritiba no dia 26 de novembro de 2006, no Estádio Bom Jesus da Lapa, hoje com o nome de Olímpio Barreto.Vagner abriu o placar para o time coxa-branca, enquanto o lateral-esquerdo Guaru empatou para o Roma, ambos os gols marcados no primeiro tempo.
Após o apito final da partida, jogadores, integrantes da comissão técnica e diretoria, e torcedores fizeram a festa no estádio, comemoração que se estendeu até a Praça Rui Barbosa com desfile num caminhão do Corpo de Bombeiros. A festa terminou na madrugada de segunda-feira com o elenco comemorando o título na Boate Societtá, no Shopping Centronorte Em 2006, o Roma, presidido por João Wilson Antonini, o Kiko (hoje fora do futebol), teve calendário o ano todo.
No primeiro semestre disputou o Campeonato Paranaense, no meio do ano realizou uma excursão na Europa e no final da temporada participou da Copa 100 Anos da FPF, que reuniu 12 equipes, sendo quatro da Capital do Estado e oito do interior. De Curitiba participaram Coritiba, Atlético e Paraná, com os seus times B, mais J. Malucelli, enquanto do interior competiram Roma, Londrina, Portuguesa Londrinense, Galo Maringá, Cianorte, Iraty, Toledo e Iguaçu, de União da Vitória. As equipes jogaram entre si em turno único, com o Roma somando 23 pontos e ficando com o título. A campanha do campeão teve sete vitórias, dois empates e apenas duas derrotas.
O Iraty , com 22 pontos, foi o vice-campeão. Com uma equipe mesclada de jovens e experientes jogadores e com o comando de Claudemir Sturion, ex-jogador da Platinense, Cascavel,, Londrina e Apucarana nos anos 80 e 90, o Roma venceu as equipes do J. Malucelli, Toledo, Galo Maringá, Portuguesa, Iguaçu, Paraná Clube e Cianorte, empatou com Londrina e Coritiba, perdendo para Iraty e Atllético-PR. Sturion, que atualmente está sem clube e hoje mora em Santo Antônio da Platina, manteve oito atletas que disputaram o Paranaense de 2006: o goleiro Reinaldo, os zagueiros Carlão e Fábio Cuiabá, o lateral-esquerdo Guaru, os volantes Alexandre Pitbull e Samuel e os atacantes Baiano e Felipe.
Para a disputa da Copa 100 Anos foram contratados 13 jogadores, os goleiros Alexandre e Diego, o lateral-direito Elvis, os zagueiros João Carlos e Daniel, os volantes Kullmann e Carlos Renato, os meias Márcio Granada, Edinho e Ítalo, e os atacantes Juliano, Clênio e Oliveira. O elenco foi completado por mais três juniores do clube: Fabiano, Henrique Miagui e Henrique Baiano. Após a conquista do título, Sturion acabou não renovando contrato com o clube e foi substituído por Lio Evaristo, que comando o Roma no início do Campeonato Paranaense de 2007.
Sturion diz que grupo era muito unido
Sem trabalhar desde o Paranaense de 2016, quando dirigiu o Operário, de Ponta Grossa, o técnico Claudemir Sturion lembra com muita saudade a conquista do título da Copa 100 Anos comandando o Roma. “Aquela conquista está guardada na memória e digo com toda a certeza que é um dos títulos mais importantes da minha carreira”, destaca Sturion, que ali iniciava a sua trajetória com treinador de futebol profissional. Segundo o técnico, o Roma foi campeão porque a diretoria deu todo o respaldo e o grupo era muito unido. “
Lembro que fizemos uma pré-temporada em Atibaia, com todo o apoio da diretoria. Lá enfrentamos o Palmeiras B, o Santos e o Bragantino. Foi um trabalho bom e muito forte que nos deu confiança para disputar a Copa 100 Anos. A partir d esta pré-temporada o grupo se uniu e foi em busca do título, que veio depois com muito trabalho e dedicação”, disse Sturion.
De acordo com ele, a vitória por 2 a 1 em casa sobre o Iguaçu pela sétima rodada foi o jogo fundamental para que a equipe chegasse ao título. “Foi um difícil, complicado, com o Clênio marcando um gol espírita. Com a vitória o time cresceu no campeonato, embalou e ganhou confiança”, comenta o técnico. Após essa partida, restavam quatro rodadas para o final da competição. Na sequência o time venceu o Paraná Clube por 2 a 1 em Curitiba, o Cianorte por 3 a 2 em Apucarana e novamente em casa empatou por um gol com Coritiba, resultado que deu o título ao clube da “Cidade Alta”. Na última rodada, na Arena da Baixada, se despediu da copa perdendo por 2 a 1 para o Atlético-PR.
União de fatores ajudou muito, diz Vitor Nasser
Um dos principais responsáveis pela montagem do time campeão, o empresário paulista Vitor Nasser, diretor de futebol na época, disse que a conquista do campeonato foi graças a uma união de fatores. “Nós tínhamos um grupo focado e comprometido e uma comissão técnica competente que já conhecia o clube. Além do mais, tínhamos ainda o apoio geral da imprensa, autoridades e dos torcedores”, resalta o dirigentes. “O Claudemir é um excelente treinador, pois além de agregar, tinha uma trabalho de campo como poucos técnicos com quem já trabalhei”, cita Nasser. Segundo ele, foi um momento especial para todo o elenco. Ele está morando em São Paulo, dedicando a sua empresa e família e com grandes re cordações desse momento especial.
Kowalski lembra com saudade da conquista
Diretor na época e hoje presidente do clube, Sérgio Kowalski lembra com saudades da conquista de 2006, título que deu duas vagas em competições nacionais. Para ele, a derrota por 5 a 3 para o Iraty na casa do adversário pela terceira rodada, fez o Roma acordar na competição. Segundo ele, a partir daquele tropeço em Irati o time teve forças, se recuperou na competição e conquistou o título. Dali em diante o Roma realizou sete jogos, obtendo seis vitórias e um empate, esse resultado último com o Coritiba, que deu a conquista ao clube da “Cidade Alta”. Outro jogo que Kowalski não esquece é a goleada de 4 a 1 sobre o Galo Maringá no Estádio Regional Willie Davids. Para o dirigente foi a melhor atuação o da equipe na competição.
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