PEDRO LOPES
SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Na Justiça, Valdivia cobra R$ 166 mil do Palmeiras -a quantia, entretanto, corresponde apenas a uma parte de um contrato de R$ 1,8 milhão, referente a comissão pela intermediação na contratação de um jogador pelo alviverde. O atleta em questão, porém, é o próprio Valdivia, que recebeu através de sua empresa por intermediar sua própria contratação.
O Palmeiras firmou acordo com a empresa Valdivia Sports em 2010, estabelecendo que pagaria à empresa R$ 1,84 milhão. "A Valdivia Sports auxiliou na transferência do citado atleta, bem como intermediou a negociação entre o Palmeiras e o Valdivia", diz o acordo, que previa pagamento parcelado, que acabou não sendo cumprido.
A Valdivia Sports é uma microempresa, que tem como razão social verdadeira Jorge Luis Valdivia Toro-ME. Ela conta com apenas um sócio, que também ocupa a posição de administrador -o próprio Valdivia.
Até o final de 2010, o objeto da empresa era, segundo registro na Junta Comercial de São Paulo, "Comércio varejista de artigos esportivos" e "prestação e administração de contratos de imagem e voz próprios e de terceiros". Em novembro, passou a incluir também "assessoria desportiva a clubes e atletas, inclusive em transferências nacionais e internacionais de atletas entre entidades de praticas desportivas e similares". A mudança ocorreu logo após a sua volta ao Palmeiras e a assinatura do contrato de comissão, em agosto do mesmo ano.
Pelo modelo escolhido, o meia chileno atuou diretamente e recebeu, através de empresa da qual é o único sócio, comissão por intermediar as conversas entre Palmeiras e ele próprio.
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