SÉRGIO RANGEL, ENVIADO ESPECIAL
ZURIQUE, SUÍÇA (FOLHAPRESS) - Enquanto os candidatos almoçavam com os eleitores dentro do centro de convenções, manifestantes realizaram nesta sexta um protesto contra a candidatura do xeque Salman bin al-Khalifa, do Bahrein.
Eles acusam o dirigente de ter perseguido atletas que participaram de protestos contra o governo do Bahrein em 2011. Presidente da Federação Asiática de Futebol, o xeque é primo do rei.
"A Fifa não pode eleger um presidente que persegue atletas. Em 2011, ele identificou vários jogadores, que participaram dos protestos. Em seguida, eles foram presos e sofreram com a repressão", disse Maryam al-Khawaja, que trabalha numa entidade de defesas dos direitos humanos na Suíça.
Nascidos no Bahrein, os integrantes do protesto gritavam na porta principal do centro de convenções em Zurique palavras contra o xeque. Eles exibiam também cartazes com fotos de manifestantes supostamente torturados pelas autoridades locais em 2011.
"A Fifa já está com a imagem suja pela corrupção. Eles não podem agora eleger um presidente que não consegue conviver com a democracia", afirmou Maryam.
Nesta sexta, cinco candidatos vão disputar a eleição mais concorrida da história da Fifa: o suíço Gianni Infantino, secretário-geral da Uefa, Salman bin Ebrahim Al Khalifa, presidente da Confederação de Futebol da Ásia, Jérome Champagne, ex-secretário-geral adjunto da Fifa, Ali bin Al-Hussein, príncipe da Jordânia, e o sul-africano Tokyo Sexwale.
Ao lado do suíço Gianni Infantino, o xeque é apontado como favorito. Ele tem o apoio da maioria dos países da Ásia e da África.
Escrito por Da Redação
Publicado em 26.02.2016, 08:56:56 Editado em 27.04.2020, 19:52:40
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