Conmebol quebra silêncio e apoia suíço em eleição da Fifa

SÉRGIO RANGEL, ENVIADO ESPECIAL
ZURIQUE, SUÍÇA (FOLHAPRESS) - Depois de fazer suspense por quatro dias sobre o voto das federações do continente na eleição da Fifa, o presidente da Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol), Alejandro Domínguez, disse nesta quinta (25) que os seus filiados vão votar em bloco no suíço Gianni Infantino.
Nesta semana, os cartolas do continente surpreenderam ao chegar na Suíça e declararem que ainda não haviam decidido o voto.
Em janeiro, a Conmebol fez uma comunicado apoiando o suíço. Com a candidatura crescendo na última semana, o xeque Salman bin al-Khalifa, do Bahrein, era flertado pelos dirigentes sul-americanos.
A Conmebol é o menor colégio eleitoral. Tem apenas 10 dos 207 votos em disputa no pleito.
Nesta quarta, os dois candidatos participaram da reunião da Conmebol, na Suíça.
"Vamos votar em bloco com o Infantino", afirmou Domínguez, que tomou posse na entidade em janeiro.
A eleição dificilmente será vencida no primeiro turno. O candidato tem que conseguir dois terços dos 207 votos em disputa na primeira fase. A partir daí, o vencedor terá que obter metade mais um voto. A cada rodada, o último é eliminado.
"Ficaremos com o Infantino em todos os turnos", acrescentou.
Integrante do Comitê Executivo da Fifa, o brasileiro Fernando Sarney disse que a CBF acompanhará a decisão da Conmebol.
"Vamos votar todos em bloco. O Brasil estará junto", afirmou Sarney.
SEM VOTO
Domínguez e Sarney garantiram que a Conmebol apoiará Infantino, mas não têm direito a voto.
O presidente interino da CBF, Antônio Carlos Nunes, o coronel Nunes, não declarou oficialmente o seu voto.
Nunes substituiu em janeiro Marco Polo Del Nero, afastado após o Comitê de Ética da Fifa abrir investigação por suspeita de corrupção em dezembro.
O presidente da Federação Peruana de Futebol, Edwin Oviedo, também fez mistério nesta quinta. Ele disse vai decidir seu voto no dia da eleição. Ao justificar sua escolha por Infantino, o presidente da Conmebol disse que a proposta do suíço é semelhante ao pensamento da entidade, sem dar detalhes.