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Atletas de saltos ornamentais não se preocupam com zika em evento-teste

LUCAS VETTORAZZO RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - Delegações e atletas de saltos ornamentais que estão no Rio para a Copa do Mundo da modalidade, a ser realizada a partir de sexta-feira (19) e que dá vaga na Olimpíada, não estão preocupados com o vírus

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 16.02.2016, 19:44:19 Editado em 27.04.2020, 19:52:55
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LUCAS VETTORAZZO
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - Delegações e atletas de saltos ornamentais que estão no Rio para a Copa do Mundo da modalidade, a ser realizada a partir de sexta-feira (19) e que dá vaga na Olimpíada, não estão preocupados com o vírus da zika.
Desde segunda-feira (15), eles treinam no Parque Aquático Maria Lenk, na Barra da Tijuca (zona oeste do Rio). A competição, que reunirá 236 esportistas de 47 países, é a última e mais importante seletiva para a Olimpíada, além de servir como evento-teste para os Jogos. Cerca de 90 atletas garantirão vaga no torneio olímpico. Muitos que já estão classificados --e, portanto, não precisariam competir-- foram ao Rio para se adaptar às plataformas de saltos.
De acordo com seis integrantes da competição ouvidos pela Folha de S.Paulo --entre atletas, treinadores e chefes de delegação--, as preocupações com o mosquito existem, mas não são prioridade.
O comitê organizador dos Jogos Olímpicos distribuiu repelentes e forneceu orientações para manter as janelas do quarto de hotel fechadas, ar-condicionado ligado e usar roupas de manga comprida para evitar a mordida do mosquito Aedes aegypt, que transmite o vírus da zika.
"Não está na nossa lista de prioridades [se preocupar com o mosquito]. Estamos focados em garantir a vaga na Olimpíada", disse o chefe da delegação do Canadá, Mitch Geller. A equipe tem nove atletas, dos quais cinco mulheres e quatro homens.
"Não estamos conversando isso entre nós. Se fosse algo realmente muito perigoso, nosso governo nos alertaria para não virmos", completou.
As recomendações do comitê estão sendo seguidas, à exceção do uso roupas de manga comprida. A orientação está sendo ignorada em função do forte calor que faz no Rio.
A região da Barra da Tijuca e de Jacarepaguá é conhecida pelos mangues e pela alta incidência de mosquitos em geral. Segundo a secretaria municipal de Saúde do Rio, somente nos dois primeiros meses deste ano (dados até o último dia 11), Jacarepaguá reuniu 27 casos de suspeita de dengue. Já no bairro da Barra da Tijuca foram 39 casos.
As piscinas do Maria Lenk e a plataforma de saltos são a céu aberto. A Folha de S.Paulo esteve no local nestas segunda (15) e terça (16) e não verificou incidência grande de mosquitos. No parapeito de uma janela ao lado da área de competição, contudo, foram vistos vários insetos mortos, ainda que não aparentassem ser mosquitos da dengue.
De acordo com o diretor médico da Rio-2016, João Grangeiro, foi realizada uma inspeção no local de competição na semana passada para identificar possíveis focos do mosquito. "Estamos orientando todas as delegações e buscando minimizar o impacto disso na vida dos atletas", disse.
Sabe-se que o Aedes aegypt é atualmente o principal vetor de transmissão do vírus da zika. Há a suspeita de que o vírus esteja relacionado ao surto do nascimento de bebês com microcefalia no país.
"Eu não estou planejando ficar grávida nos próximos meses. Então, não é uma preocupação", disse a saltadora sulafricana Jaimee Gundry, 21. "Tenho usado repelente antes e depois dos treinos."
Os mesmo ocorre com o brasileiro César Castro, 32. Nono lugar na Olimpíada de Atenas (2004), ele é uma das esperanças de medalhas do país. "Eu treino nos EUA e lá há realmente uma preocupação com o que lemos nos jornais. Não precisei do repelente porque trouxe o meu de casa".
A treinadora do time sueco, Ulrika Lindeberg, afirmou que seus dois atletas são orientados a passar repelente de manhã e antes do anoitecer. "Usamos por precaução, mas não estamos com a cabeça nisso".
Já o chefe da delegação russa, Alexey Vlasenko, que também é vice-presidente de saltos ornamentais da FINA (Federação Internacional de Esportes Aquáticos), acredita que há um alarde exagerado. "Chegamos há sete dias e não estamos preocupados. Acho um exagero, coisa para vender mais repelente", disse, em tom de brincadeira.
"Na Itália também há mosquitos e sabemos como lidar com eles", brincou o técnico da seleção italiana, Franco Cahotto.
INGRESSOS
A Copa do Mundo será aberta ao público, com ingressos a R$ 30 (inteira). As entradas são vendidas no site do Aquece Rio e também na bilheteria do Maria Lenk, uma hora antes do evento, que começa às 10h entre os dias 19 e 24.

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