SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A UCI (União Internacional de Ciclismo) informou neste domingo (31) que uma atleta competiu com um motor escondido na bicicleta durante uma prova júnior do Mundial de ciclocross. Segundo a entidade, trata-se do primeira caso de fraude tecnológica no ciclismo de alto nível.
"Pensamos claramente que houve fraude tecnológica, havia um motor escondido", declarou o presidente da UCI, Brian Cookson, durante entrevista coletiva.
A belga Femke Van Den Driessche, 19, uma das favoritas a vencer, competiu com a bicicleta motorizada no sábado (30). Ela não completou a prova por conta de um problema na bicicleta.
Nos últimos anos, houve vários casos suspeitos do que ficou conhecido como "doping tecnológico", mas eles não foram confirmados.
"O que descobrimos é um sinal claro. Frequentemente brincamos falando de doping mecânico, mas agora sabemos que os corredores utilizam esse métodos e onde eles utilizam", afirmou Cookson.
"A todos que querem fazer armadilhas, mandamos uma mensagem clara. Vamos atrapalhá-los e puni-los porque nossa tecnologia para detectar esse tipo de fraude funciona", completou.
Femke nega que tenha usado a bicicleta motorizada intencionalmente. "A bicicleta não era minha. Eu nunca trapacearia", disse à emissora de TV belga "Sporza".
Ela afirma que a bicicleta que usou era idêntica a dela e que pertence a um amigo. Ainda de acordo com a atleta, a equipe mecânica entregou a bicicleta a ela por engano antes da prova.
O caso será julgado por uma comissão disciplinar, e a ciclista pode receber uma suspensão mínima de seis meses, além de multa de até 192 mil euros (cerca de R$ 836 mil).
A atleta disse que receia pela carreira, mas que espera uma segunda chance e que não teme as investigações.
Escrito por Da Redação
Publicado em 01.02.2016, 16:04:06 Editado em 27.04.2020, 19:53:16
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