SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Um encontro promovido pela Comissão Médica e Científica do COI (Comitê Olímpico Internacional) produziu um documento com novas recomendações para a participação de transgêneros em competições internacionais, no qual afirmou que a cirurgia para troca de sexo não deve ser uma exigência.
O documento foi elaborado pelo chamado Encontro de Consenso, em novembro de 2015, com a participação de membros da entidade, médicos, acadêmicos e advogados, e foi disponibilizado na semana passada.
Segundo o texto, "exigir mudanças anatômicas como uma pré-condição para a participação não é necessário para preservar a competição justa e pode ser inconsistente com legislação em desenvolvimento e noções de direitos humanos".
Atualmente, a cirurgia é uma das exigências do COI para a participação de transgêneros em competições internacionais.
No caso de atletas cuja transição é do sexo feminino para o masculino a recomendação é que não haja qualquer restrição.
Para atletas cuja transição é do sexo masculino para o feminino, há exigências em relação aos níveis de testosterona nos 12 meses anteriores à primeira competição e durante o período em que estiver autorizado para competir.
O documento também deixa claro que "para evitar discriminação, se o atleta não estiver elegível para competições femininas, deve ser elegível para competições masculinas".
As diretrizes do documento não são um novo regulamento, mas apenas recomendações para federações esportivas internacionais. A nova recomendação ainda não passou pela aprovação do conselho executivo do COI.
Escrito por Da Redação
Publicado em 26.01.2016, 14:57:31 Editado em 27.04.2020, 19:53:25
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