SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Muricy Ramalho está convicto de que Guerrero voltará a exibir a performance dos tempos de Corinthians. Em entrevista ao jornal O Globo, o treinador atribuiu a queda de rendimento do atacante peruano à falta de aparelhagem para atividades físicas no Flamengo.
Guerrero chegou ao Flamengo no fim do primeiro semestre do ano passado e marcou apenas quatro gols em 18 partidas.
Estudamos os dados para entender o 12º lugar e porque se ganha seis partidas, com o Guerrero arrebentando, e perde sete em oito. No Flamengo, o cara chegava muito bem treinado. Mas, pela falta de aparelhos, ele destreinava, baixava a parte física. Não pode um jogador desse nível e categoria chegar tão forte e, de repente, cair. Não é por ele, é pela parte física, declarou o técnico.
O começo de Guerrero no Flamengo foi excelente. Ele contribuiu para que o time emplacasse seis vitórias em sete jogos. Mas a série positiva foi sucedida por uma sequência desastrosa. O Flamengo perdeu sete de oito partidas pelo Brasileiro e ficou longe de disputar uma vaga na Libertadores.
A recuperação de Guerrero é uma das prioridades de Muricy à frente do comando do Flamengo.
Guerrero é o atleta mais caro do elenco flamenguista , com salário em torno de R$ 600 mil. O peruano marcou pela última vez em 23 de agosto, na vitória contra o São Paulo, no Maracanã.
POSSE DE BOLA
Muricy afirma ter estudado a maneira de o Flamengo jogar. Ele considera que o time carioca abusou de erros no passe durante o Brasileiro, faltando agressividade e posse de bola.
[O Flamengo] Era o time de pior posse de bola, maior índice de passe errado, o que mais lançava a bola na área e não cruzava do fundo. Futebol hoje é posse de bola, boa transição e a velocidade na parte final.
Num time agressivo, a perda de bola gera contra-ataque. Tem que melhorar a posse de bola, ainda que a característica do time seja de velocidade pelo lado, com Sheik, Marcelo, Everton, Gabriel, acrescentou.
O treinador acredita que o padrão moderno de jogo deve ser estimulado já na base. O Barcelona é tido como exemplo a ser seguido.
O Barcelona tem essa ideia implantada lá atrás pelo [ex-jogador e ex-técnico holandês] Johan Cruyff, e clube e torcida compram a ideia. Na Copinha [Copa São Paulo de futebol júnior], o time joga mais ou menos como eu penso: um volante, dois meias e três da frente.
Escrito por Da Redação
Publicado em 14.01.2016, 15:07:21 Editado em 27.04.2020, 19:53:41
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