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Judô 'espiona' juízes e tenta reerguer campeã olímpica

PAULO ROBERTO CONDE SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A menos de nove meses do início dos Jogos Olímpicos do Rio-2016, o judô brasileiro corre para justificar seu status de líder entre as modalidades do país. Entre as medidas mais recentes e urgentes estão

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 13.11.2015, 17:48:24 Editado em 27.04.2020, 19:55:05
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PAULO ROBERTO CONDE
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A menos de nove meses do início dos Jogos Olímpicos do Rio-2016, o judô brasileiro corre para justificar seu status de líder entre as modalidades do país.
Entre as medidas mais recentes e urgentes estão "espionar" árbitros internacionais e recuperar a autoestima da piauiense Sarah Menezes, 25, atual campeã olímpica do peso ligeiro (até 48 kg), mas que atravessa péssima fase.
Desde o final do ciclo olímpico passado a CBJ (Confederação Brasileira de Judô) organizou um sistema de monitoramento dos árbitros internacionais, que ficou a cargo do setor de estratégia da entidade.
Por julgar ter sido vítima de equívocos, passou a reunir fichas técnicas dos juízes. "Durante o ciclo passado, algumas interferências mostraram que precisávamos nos preparar melhor", afirmou Ney Wilson, gestor técnico de alto rendimento da CBJ, em evento nesta sexta-feira (13), em São Paulo.
O dirigente explicou que, além das características pessoais, são coletadas estatísticas sobre dezenas de árbitros. "Tentamos criar um perfil de cada um, com características como origem, qual tendência de punição, conduta com brasileiros, enfim, para ter a individualidade."
"Tem cara que pune por qualquer coisa. Outro que deixa a luta correr mais. Como sempre se sabe com três lutas de antecedência quem vai apitar, isso tem ajudado", contou.
Wilson citou especificamente uma luta envolvendo a brasileira Rafaela Silva nos Jogos de Londres. Então em combate pela categoria até 57 kg, a carioca foi eliminada contra a húngara Hedvig Karakas por uma catada de pernas, o que é irregular. A decisão da arbitragem causou protestos da CBJ.
'RECONSTRUÇÃO'
Outro investimento da confederação para alcançar a meta de obter ao menos três pódios no Rio passa pela recuperação de Sarah Menezes.
Campeã olímpica do peso ligeiro em Londres-2012, a piauiense amarga o pior momento da vitoriosa carreira, que também inclui três medalhas em Campeonatos Mundiais.
Em 2014, Sarah chegou a ficar dez meses sem ir a um pódio internacional de relevo. No mesmo ano, perdeu na estreia no Mundial de Cheliabinsk, na Rússia, e o alerta vermelho foi ligado.
Nesta temporada, a CBJ a tirou do Pan de Toronto para prepará-la especificamente para o Mundial de Astana. Não deu certo. Mais uma vez, caiu na estreia.
A 266 dias da Rio-2016, a confederação resolveu não esperar mais pela reação dela. Fez com que Sarah se mudasse para o Rio praticamente em tempo integral -antes, sua base era Teresina, e ela apenas eventualmente deixava sua cidade natal.
A judoca terá como base o Parque Aquático Maria Lenk, que também tem uma estrutura para lutas, até os Jogos Olímpicos. Seus treinos serão feitos pela técnica da seleção feminina, Rosicleia Campos, que não a poupou de críticas.
"A Sarah demorou para voltar do ciclo passado. Também ganhou peso. Não vai ser rápido voltar ao melhor. Mas ela evoluiu desde o Mundial, mas não está no nível ideal", afirmou.
Rosicleia disse que, além de vigiar a judoca de perto, também terá companhia de um estafe multidisciplinar.
No momento, Sarah sofre ameaça de não aos Jogos do Rio. Ela é ameaçada pela paulista Nathália Brígida, 22, que tem evoluído na categoria ligeiro -foi medalhista no Pan de Toronto e semifinalista no Mundial.
A campeã olímpica é a 15ª do ranking mundial, enquanto Nathália é a 21ª. Quem chegar na frente até a data-limite da classificação, no final de maio de 2016, leva a vaga.
Rosicleia garante que, apesar de Sarah ter um apoio da CBJ para reagir, as duas terão tratamento igual. O ponto é que a CBJ não quer prescindir de uma campeã olímpica. "A Sarah tem que se reconstruir."

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