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Árbitros retardam início de jogo em protesto contra veto de Dilma

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Os árbitros Pericles Bassols Pegado Cortez e Marcelo Aparecido de Souza, designados para os jogos entre Coritiba e Palmeiras e Flamengo e Atlético-PR, respectivamente, nesta quarta-feira (12), fizeram um protesto em campo. C

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 12.08.2015, 20:21:43 Editado em 27.04.2020, 19:57:29
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Os árbitros Pericles Bassols Pegado Cortez e Marcelo Aparecido de Souza, designados para os jogos entre Coritiba e Palmeiras e Flamengo e Atlético-PR, respectivamente, nesta quarta-feira (12), fizeram um protesto em campo.
Como combinado antes do início da partida, os árbitros ficaram parados no meio do campo por um minuto.
A princípio, a ideia, segundo o presidente da Anaf (Associação Nacional dos Árbitros de Futebol), Marco Antônio Martins, era que os jogos fossem interrompidos por um minuto aos cinco minutos de cada confronto. Mas isso não aconteceu.
O árbitro, o assistente e os dois bandeirinhas entraram em campo com uma faixa preta no braço e se reuniram no centro do gramado. Um deles mostrou uma placa com os números 0 e 5 (em alusão ao valor de 0,5% do direito de arena).
Os outros juízes que apitarão os jogos da Série A do Campeonato Brasileiro nesta quarta devem protestar da mesma forma que Cortez e Souza.
A manifestação se deu por conta do veto da presidente Dilma Rousseff ao artigo do Profut (lei de responsabilidade fiscal no futebol) que previa o recebimento por parte da categoria de 0,5% do valor referente ao direito de arena.
A Anaf pediu ajuda para realizar o protesto aos líderes do Bom Senso FC, grupo de jogadores que defende mudanças no futebol e que realizaram manifestações parecidas em 2013.
O direito de arena é pago a atletas por terem suas imagens veiculadas em transmissões de jogos. Por lei, os clubes são obrigados a repassar aos sindicatos dos jogadores 5% do que recebem de direito de TV para que esse valor seja enviado aos profissionais.
A Anaf briga há alguns anos para que os árbitros tenham o mesmo direito e conseguiu incluir no texto da medida provisória do futebol o recebimento de 0,5%, o que, na conta da associação, renderia anualmente aos árbitros algo entre R$ 7 milhões e R$ 8 milhões.
Dilma vetou o artigo quando sancionou a MP, no dia 5, por recomendação da AGU (Advocacia-Geral da União), afirmando que o valor seria usado para a qualificação dos árbitros, sendo que o objetivo dessa verba não é esse.
A Anaf, porém, avalia que o texto foi vetado por pressão dos clubes, que perderiam esses 0,5% do valor total que recebem dos direitos de transmissão.
Nesta quinta-feira (13), a entidade dos árbitros entrará com uma ação na Justiça pedindo que seja proibido que a imagem do árbitro apareça em transmissões de TV até que eles recebam o direito de arena.
Se obtiverem sucesso, isso praticamente inviabilizaria a transmissão de jogos ao vivo, já que seria impossível não focalizar os árbitros nas câmeras -procurada, a TV Globo, que detém o direito de transmissão da Série A do Brasileiro, não se manifestou.
Nesta quinta também acontecerá uma assembleia em cada um dos 27 sindicatos estaduais de arbitragem, onde será discutido o assunto do veto e um dos temas tratados será o de greve.

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