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'Decisão difícil, corajosa e certa', diz Platini sobre renúncia de Blatter

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O presidente da Uefa, Michel Platini, avaliou como "corajosa e certa" a decisão de Joseph Blatter de renunciar à presidência da Fifa. O suíço, em meio ao maior escândalo da história do futebol, anunciou nesta terça-feira (2) q

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 02.06.2015, 15:48:14 Editado em 27.04.2020, 19:59:30
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O presidente da Uefa, Michel Platini, avaliou como "corajosa e certa" a decisão de Joseph Blatter de renunciar à presidência da Fifa. O suíço, em meio ao maior escândalo da história do futebol, anunciou nesta terça-feira (2) que deixará o cargo assim que um novo presidente for escolhido, em nova eleição prevista para ocorrer entre dezembro deste ano e março de 2017.
"Foi uma decisão difícil, corajosa e é a decisão correta", disse Platini em breve comunicado publicado no site da Uefa.
Antes das eleições que reelegeram Blatter na semana passada, Platini aconselhou o suíço a desistir da disputa.
"Eu disse que ele deveria renunciar, reconhecer. Mas ele me disse que era muito tarde, que o congresso já iria começar", afirmou Platini na ocasião, sem descartar um possível boicote à Copa caso Blatter continuasse à frente da Fifa.
Atualmente, a Uefa consolidou-se como principal oponente de Blatter no futebol mundial, e Platini tem sido especulado como um dos mais fortes postulantes à chefia da Fifa.
Outro forte candidato é o príncipe jordaniano Ali bin Al-Hussein, derrotado no último pleito. A equipe do príncipe já anunciou que, em caso de novas eleições, será candidato novamente.
FIM DE ERA
A decisão pela renúncia acontece quatro dias após o Blatter ser reeleito para um mandato que duraria até 2019.
"Embora os membros da Fifa tenham me reelegido presidente, não pareço estar apoiado pelo mundo do futebol: jogadores, clubes. Vou continuar exercendo a minha função como presidente até um novo presidente ser escolhido", anunciou Blatter em pronunciamento na sede da entidade, em Zurique.
ALEMANHA
O presidente da Federação Alemã de Futebol (DFB), Wolfgang Nierbach, também elogiou a decisão de Blatter. "É realmente trágico que não tenha se economizado e não nos tenha economizado disto, e ter feito isso antes", disse.
Segundo Nierbach, a decisão tomada pelo suíço, apesar de tardia, foi "absolutamente correta". Na opinião do dirigente alemão, a saída de Blatter aconteceu porque "não se resolveram todos os problemas" da entidade, que está em xeque com o escândalo de corrupção.
FIM DE UMA ERA
A decisão pela renúncia acontece quatro dias após o Blatter ser reeleito para um mandato que duraria até 2019.
"Embora os membros da Fifa tenham me reelegido presidente, não pareço estar apoiado pelo mundo do futebol: jogadores, clubes. Vou continuar exercendo a minha função como presidente até um novo presidente ser escolhido", anunciou Blatter em pronunciamento na sede da entidade, em Zurique.
"Eu refleti sobre minha presidência, meus últimos anos. Esses anos foram dedicados à Fifa e a esse belo lugar do futebol. Eu adoro e amo a Fifa mais do que qualquer coisa. E só quero fazer o melhor pela Fifa e pelo futebol. Decidi concorrer de novo [para a última eleição], foi uma eleição apertada. É por isso que vou convocar um congresso extraordinário e colocar minha função à disposição", afirmou o cartola.
A nova eleição para presidente da Fifa deve acontecer entre dezembro deste ano e março de 2016, de acordo com a entidade.
O pronunciamento aconteceu em meio a um clima de tensão na sede da Fifa. A princípio Blatter concederia uma entrevista ao lado de Walter de Gregorio, diretor de comunicação, e Domenico Scala, diretor do comitê de auditoria e conformidade da Fifa.
Mas, momentos antes do início da entrevista, Fifa mudou os planos e retirou os nomes de Blatter e de Scala da mesa de entrevista.
Ambos apenas fizeram um pronunciamento e não permitiram perguntas.
Na eleição, Blatter venceu após o príncipe desistir de participar do segundo turno. Na primeira votação, Blatter obteve 133 votos entre 209 federações.
Pelas regras, como nenhum dos dois candidatos atingiu dois terços dos votos, haveria a necessidade de um segundo turno, quando então se exige apenas maioria simples.
Com os 133 votos, Blatter já tinha, em tese, essa maioria. O príncipe, que conquistou 73 votos, então abriu mão da disputa. Três votos foram nulos.

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