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Carta mostra que Valcke recebeu pedido de US$ 10 milhões sob suspeita

LEANDRO COLON E BERNARDO ITRI, ENVIADO ESPECIAL LONDRES, REINO UNIDO, E ZURIQUE, SUÍÇA (FOLHAPRESS) - Uma carta mostra que o secretário-geral da Fifa, Jerôme Valcke, recebeu o pedido de repasse de US$ 10 milhões (R$ 32 milhões) que as autoridades america

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 02.06.2015, 08:12:46 Editado em 27.04.2020, 19:59:31
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LEANDRO COLON E BERNARDO ITRI, ENVIADO ESPECIAL
LONDRES, REINO UNIDO, E ZURIQUE, SUÍÇA (FOLHAPRESS) - Uma carta mostra que o secretário-geral da Fifa, Jerôme Valcke, recebeu o pedido de repasse de US$ 10 milhões (R$ 32 milhões) que as autoridades americanas alegam ser propina de esquema de corrupção no futebol.
Segundo documento divulgado pelo canal sul-africano SABC, Valcke recebeu uma solicitação por escrito no dia 4 de março de 2008 do ex-presidente da Associação de Futebol Sul-Africana Molef Oliphant, pedindo a transferência desse montante para Jack Warner, então presidente da Concacaf, a Confederação de Futebol das Américas do Norte e Central.
O mesmo documento foi divulgado pelo jornalista da Associated Press Martyn Ziegler, em sua conta no Twitter.
As autoridades americanas apontam que esse dinheiro foi usado para comprar votos a favor da candidatura da África do Sul à Copa de 2010. A carta diz que os US$ 10 milhões devem ser "administrados e implementados" por Jack Warner, acusado de ligação com o esquema que levou sete cartolas da Fifa à prisão na semana passada, entre eles o ex-presidente da CBF José Maria Marin.
O documento mostra que Valcke tinha, pelo menos, ciência dos valores.
Procurada pela Folha de S.Paulo para comentar a carta, a Fifa afirma que o documento não contradiz sua versão sobre o episódio. Diz que Valcke, como secretário-geral, recebe "todas as cartas e solicitações" da Fifa. Segundo a entidade, a liberação do dinheiro coube a Julio Grondona, então presidente do comitê de finanças da Fifa e que morreu no ano passado. A Fifa reafirmou que Valcke nem outro membro do comando da entidade estavam envolvidos no caso.
A Fifa argumentou que, em 2007, o governo sul-africano elaborou um projeto de US$ 10 milhões para apoiar a diáspora africana nos países do Caribe, como parte do legado da Copa-2010, sediada na África do Sul.
A partir dessa solicitação, diz a Fifa, a federação africana pediu que o dinheiro para esse projeto fosse gerido pelo então presidente da Concacaf, Jack Warner, que teria recebido a quantia para executá-lo. A entidade máxima do futebol alega ainda que os US$ 10 milhões saíram do orçamento do Comitê Organizador Local da Copa-2010, órgão subsidiário da Fifa. Os pagamentos teriam sido aprovados, diz, por Julio Grondona.
A Fifa afirma, por fim, que nem Valcke nem outro executivo participou da implementação do projeto.
De acordo com o jornal "The New York Times", funcionários do governo norte-americano, falando sob condição de anonimato, apontaram Valcke como o responsável pela transferência de US$ 10 milhões. A revelação aproxima o escândalo do presidente da Fifa, Joseph Blatter, de quem Valcke é braço direito. O número 2 da instituição seria o "alto funcionário da Fifa" que, segundo o indiciamento, transferiu o montante para contas controladas por Jack Warner, na época presidente da Concacaf.
O pagamento, feito em três parcelas entre janeiro e março de 2008, é central no indiciamento de Warner e compõe um dos escândalos de corrupção que estão sendo investigados nos EUA.

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