BERNARDO ITRI
ZURIQUE, SUÍÇA - Com seu segundo principal executivo acusado de participar do esquema de corrupção, a Fifa confirmou que os US$ 10 milhões (cerca de R$ 32 milhões) que, segundo a Justiça dos EUA, teriam sido usados como pagamento de propina, foram destinados ao ex-presidente da Concacaf Jack Warner a pedido da Federação de Futebol da África do Sul para um fundo de legado ao Caribe.
Procurada pela Folha para comentar a acusação sobre o secretário-geral, Jérôme Valcke, a entidade argumentou que em 2007, o governo sul-africano elaborou um projeto de US$ 10 milhões para apoiar a diáspora africana nos países do Caribe, como parte do legado da Copa-2010.
A partir dessa solicitação, diz a Fifa, Federação de Futebol da África do Sul pediu que o dinheiro para esse projeto fosse gerido pelo então presidente da Concacaf, Jack Warner, que teria recebido a quantia para executar o programa de legado.
A entidade máxima do futebol alega ainda que os US$ 10 milhões saíram do orçamento do Comitê Organizador Local da Copa-2010, órgão subsidiário da Fifa.
Os pagamentos teriam sido aprovados por Julio Grondona, então presidente do comitê de finanças da Fifa.
A federação afirma, por fim, que nem Valcke nem outro executivo participou da implementação do projeto de legado. Não nega, porém, que tenha sido Valcke que movimentou os US$ 10 milhões para a conta de Warner, como informou o New York Times nesta segunda-feira (1).
Escrito por Da Redação
Publicado em 02.06.2015, 07:01:16 Editado em 27.04.2020, 19:59:31
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