Palestinos rejeitam 'jogo da paz' e vão propor expulsão de Israel da Fifa

DANIELA KRESCH
TEL AVIV, ISRAEL (FOLHAPRESS) - O presidente da Associação Palestina de Futebol (APF), Jibril Rajoub, rejeitou a proposta do presidente da Fifa, Joseph Blatter, de realizar um "amistoso da paz" entre as seleções de Israel e da Palestina.
A ideia havia sido aceita, na terça-feira (19), pelo primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu.
Segundo Rajoub, o Oriente Médio não está pronto para essa partida.
"É uma ideia criativa, gosto dela. Mas temos que pavimentar o caminho para isso, temos que preparar o meio ambiente. Teria que ser a etapa final, um objetivo a ser alcançado e peço ao senhor que não desista dele", afirmou Rajoub.
Blatter fez uma visita de dois dias a Israel e à Palestina para tentar evitar a realização de uma votação, proposta pelos palestinos, para suspender Israel da Fifa durante o próximo congresso da federação, no dia 29 deste mês, em Zurique, na Suíça.
Porém, até agora, não conseguiu o objetivo, nem depois de se encontrar com o presidente da Autoridade Palestina (AP), Mahmoud Abbas, com o qual visitou cinco estádios de futebol na Cisjordânia.
Jibril Rajoub manteve a intenção de realizar a votação.
"Vamos manter a proposta na agenda [do Congresso] para uma discussão sincera e aberta pelas 209 associações filiadas à Fifa", afirmou o dirigente palestino.
Os palestinos acusam Israel de cometer violações contra o futebol, principalmente restringindo a movimentação dos jogadores da seleção palestina. Israel é acusado de recusar conceder vistos para que jogadores da Faixa de Gaza viagem à Cisjordânia para treinos.