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Museu Maria Lenk contará história da 1ª brasileira em Olimpíada

PAULO ROBERTO CONDE SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A memória da primeira heroína olímpica do país será resgatada em forma de museu. Maria Lenk, primeira mulher sul-americana a ir a uma edição dos Jogos, em Los Angeles-1932, terá trajetória contada e relí

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 20.04.2015, 14:40:29 Editado em 27.04.2020, 20:00:39
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PAULO ROBERTO CONDE
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A memória da primeira heroína olímpica do país será resgatada em forma de museu.
Maria Lenk, primeira mulher sul-americana a ir a uma edição dos Jogos, em Los Angeles-1932, terá trajetória contada e relíquias expostas em acervo online que será disponibilizado até o final do ano.
À coleção será dado o nome de Museu Maria Lenk. A digitalização de todo o material começou agora, em abril, e prosseguirá até julho, com ajuda financeira da CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos). É possível que os Correios também apoiem a iniciativa.
A ex-nadadora, morta no ano de 2007, quando tinha 92 anos, colecionou recortes de jornal de suas façanhas, fotografias, documentos e outros itens ao longo da vida. À parte ter sido pioneira olímpica, ela também foi recordista mundial e hoje tem seu nome imortalizado no Hall da Fama da natação, que fica nos Estados Unidos.
Já com idade avançada, confiou a Lamartine da Costa, professor especialista em estudos olímpicos e seu colega na Universidade Gama Filho, no Rio, o acervo.
"A maior parte é de documentos, tudo montado em álbum. Também recortes de jornais entre 1932 e 1945, no auge da Maria Lenk, que resgatam muita coisa que se perdeu dela", disse o professor.
Só após receber o material é que Lamartine notou a riqueza do que tinha em mãos. 
Eram mais de 10 mil peças e, para não correr risco de perdê-las, as armazenou na biblioteca da universidade.
O problema é que a Gama Filho acabou descredenciada pelo MEC (Ministério da Educação) em 2014 e o "memorial" de Maria Lenk teve de ser desalojado também.
Lamartine, então, apoiou-se em uma inovação lançada no ano passado pelo COI (Comitê Olímpico Internacional) para não deixá-lo apodrecer. 
A Agenda 2020, pacote de 40 medidas aprovadas pela entidade para modernizar o movimento olímpico, prega que é preciso misturar com profundidade cultura e esporte, como, por exemplo, em museus itinerantes.
"Aí eu propus ao Ricardo [de Moura, coordenador técnico da CBDA] que esse seria o primeiro projeto montado em função da Agenda 2020, e ele gostou", disse Lamartine, uma das maiores autoridades em Olimpíada no país.
A ideia calhou ainda mais porque Maria Lenk completaria 100 anos em 2015.
"A CBDA topou dar visibilidade porque é um marco importante. A plataforma está praticamente pronta e estamos nos concentrando em focá-la para tablets e smartphones", complementou.
Há um sonho de que o acervo seja exposto fisicamente, mas não tão brevemente.
Lamartine contou que, além dele, outras pessoas serão responsáveis pela manutenção do acervo: o presidente da CBDA, Coaracy Nunes, e Francisco da Silva Júnior, sobrinho de Maria Lenk e coronel aposentado da Aeronáutica.

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