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Relatório do TCU aponta atrasos em obras da Rio-2016

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Relatórios do TCU (Tribunal de Contas da União) publicados nesta semana apontam atrasos significativos em obras no Parque Olímpico da Barra da Tijuca e no complexo esportivo de Deodoro, os dois principais núcleos dos Jogos Olí

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 17.04.2015, 11:58:02 Editado em 27.04.2020, 20:00:46
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Relatórios do TCU (Tribunal de Contas da União) publicados nesta semana apontam atrasos significativos em obras no Parque Olímpico da Barra da Tijuca e no complexo esportivo de Deodoro, os dois principais núcleos dos Jogos Olímpicos do Rio-2016.
A auditoria assinala que o problema nas entregas das instalações pode pôr em risco a execução de alguns eventos-teste.
A fiscalização, realizada entre o final do ano e março, foi feita a partir de visitas in loco e relatórios do Ministério do Esporte (que tem pagado a maior parte das obras do evento), da Caixa Econômica Federal e da RioUrbe, empresa de urbanização da prefeitura do Rio.
No Parque Olímpico, que abrigará 16 modalidades durante o megaevento, as estruturas mais atrasadas são o velódromo e o centro olímpico de tênis.
De acordo com o TCU, o velódromo tinha em sua execução um atraso de cinco semanas. A fiscalização observou que o avanço físico era de 39,86%, bem menos do que previa o cronograma original para o mesmo período (53,01%).
Em dezembro passado, o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), havia afirmado que a obra esportiva era a que mais gerava preocupação. Então, ele citou um atraso de três semanas (que, pouco depois, disse estar recuperado).
A obra do velódromo, cujo custo é superior a R$ 113 milhões, é tocada pela Tecnosolo Serviços de Engenharia, empresa subsidiária da Tecnosolo Engenharia, que está em recuperação judicial. Além disso, houve demora no desenvolvimento por causa de mudanças no método construtivo (foi substituído o tipo de estacamento).
O centro de tênis, que tem custo de R$ 190 milhões, registrava um atraso de seis semanas, de acordo com o TCU. A execução dos trabalhos estava em 48,8%, contra uma previsão de 61,9%.
O tribunal assinala que a estrutura vinha com pouco atraso, mas depois passou a apresentar maior lentidão.
Para ele, as causas do atraso são "falta de planejamento detalhado de forma adequada" e "descumprimento de metas fixadas em contrato". Todos os responsáveis pela organização do evento serão notificados pelo órgão.
O relatório, por outro lado, também indica que no Parque Olímpico havia obras à frente do cronograma original, como o centro aquático e a arena de handebol.
DEODORO
A avaliação sobre o desenrolar das obras no complexo de Deodoro, que receberá 11 modalidades olímpicas e tem investimento de R$ 800 milhões do governo federal, também é "grave", de acordo com o TCU.
"Cabe informar que não há margem para atrasos, o que potencializa o risco de eventuais aditivos sem planejamento e possível execução deficiente de alguns serviços", aponta o documento.
A área norte do complexo tinha um atraso correspondente a duas semanas. Nela ficam o centro aquático do pentatlo moderno, o parque olímpico de mountain bike e o centro nacional de tiro olímpico, que ainda não tinham serviços iniciados.
Já o centro olímpico de hóquei sobre a grama tinha duas semanas de atraso e outras estruturas para o pentatlo moderno, dez. O relatório enfatiza, porém, que elas são obras de menor complexidade.
O problema maior estava na área sul, segundo fiscalização feita em dezembro. Havia dez semanas de atraso (a execução estava em 2,44% ante uma previsão de 17,97%).
A área sul de Deodoro vai receber as disputas equestres dos Jogos do Rio. Ficam nela, por exemplo, a vila dos tratadores (sete semanas de atraso) e o parque equestre (15 semanas de atraso).
O TCU afirma que a RioUrbe tem auxiliado as construtoras na elaboração de um plano de recuperação.
Ainda assim, diz que "o atraso constatado constitui irregularidade, uma vez que representa risco potencial de prejuízos futuros".
De acordo com a avaliação, alguns eventos-teste podem ter problemas, porque "há risco significativo de as obras não cumprirem os prazos previstos".
O estádio de canoagem slalom, obra mais complexa da área norte, tem evento-teste marcado para novembro.

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