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Mais da metade de torcedores presos no Rio tem antecedentes criminais

RIO, DE JANEIRO, RJ - Pelo menos 99 homens foram presos, na tarde deste domingo (22), durante briga entre torcidas organizadas antes do clássico entre Vasco e Fluminense, no bairro do Méier, próximo ao estádio Nilton Santos, o Engenhão, na zona norte do R

Da Redação

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Publicado em 23.02.2015, 14:54:00 Editado em 27.04.2020, 20:02:38
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RIO, DE JANEIRO, RJ - Pelo menos 99 homens foram presos, na tarde deste domingo (22), durante briga entre torcidas organizadas antes do clássico entre Vasco e Fluminense, no bairro do Méier, próximo ao estádio Nilton Santos, o Engenhão, na zona norte do Rio. Advogados e parentes de presos ouvidos pela reportagem dizem que todos negam as acusações. 

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Em entrevista coletiva nesta segunda-feira (23), a delegada titular da 24ª DP (Piedade), Cristiane Carvalho de Almeida, afirmou que os detidos foram autuados em flagrante por formação de quadrilha qualificada e pelo crime do estatuto do torcedor de promover tumulto no entorno do estádio. Segunda a polícia, mais da metade dos presos tem antecedentes criminais.
"O que demonstra personalidade violenta. Um deles tem, inclusive, teve passagem num fato que aconteceu em Joinville, afirmou a delegada.

Em dezembro de 2013, vascaínos e torcedores do Atlético Paranaense entraram em conflito nas arquibancadas da Arena Joinville, em Santa Catarina. O jogo foi interrompido por causa do episódio. 

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Segundo a Polícia Civil, os flagrantes dos torcedores detidos foram comprovados através de declarações dos policiais militares que trabalharam na segurança do jogo no domingo. 

"Os policiais explicaram que conseguiram individualizar as pessoas porque quando chega a briga a situação já está bem avançada. É o momento que eles vêm [na direção dos policiais] e recuam", afirmou a delegada. 

De acordo com o tenente-coronel, João Fiorentini, comandante do Grupamento Especial de Policiamento em Estádios (Gepe), a briga começou quando torcedores do Vasco chegaram ao Méier, utilizando uma rota alternativa daquela que havia sido combinada pelas duas torcidas organizadas em reunião no meio da semana que antecedeu o clássico. Fiorentini disse que "os brigões estavam armados com paus, pedras, rojões e protetores bucais, o que indica claramente que estavam prontos para uma batalha". 

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Os torcedores foram presos em duas brigas diferentes: uma na altura da estação de trem do Méier, por volta das 14h30, entre as torcidas Young Flu e Força Jovem do Vasco e outra, às 15h30, entre os próprios torcedores do Vasco. Na primeira, eles também teriam tentado invadir o Hospital Municipal Salgado Filho para passar para o outro lado do Engenhão. A reportagem procurou as torcidas organizadas, mas ainda não obteve retorno. 

No início da tarde desta segunda, os presos foram levados para o Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, zona oeste. Já os menores foram encaminhados à Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), no centro. 

"Agora, vamos entrar com o pedido de habeas corpus para que eles possam responder em liberdade", disse o advogado Leonardo Rodrigues dos Santos, que defende torcedores vascaínos. Ele não quis informar os nomes dos clientes. 

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Já a dona de casa Luciana Pereira, 43, lamentou emocionada a prisão do filho, o motorista de caminhão Adolfo Vinícius Pereira Alves da Silva, 24. Ela afirma que a detenção é arbitrária porque Silva nunca foi de torcida organizada. 

"Meu filho foi preso injustamente. Tenho três filhos homens e são todos bem criados. Ele vai fazer agora em março um ano de casado e não ia em jogo há mais de dois anos. O amigo dele chamou e ele contou que estava descendo da estação de trem quando começou o tumulto", disse a mãe chorando, na porta da Cidade da Polícia --onde os presos foram levados inicialmente.

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