O Mundial da África do Sul deve ter sido o último disputado com as atuais regras de arbitragem, disse nesta quinta-feira o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke.
Em entrevista à BBC, ele disse que a entidade estuda medidas para minimizar os erros de arbitragem na próxima Copa do Mundo.
"Eu diria que esta foi a última Copa do Mundo (realizada) com o sistema atual de arbitragem", disse ele.
Valke disse que a Fifa pode considerar o uso de tecnologia para determinar se uma bola entrou ou não no gol, ou o uso de outros dois árbitros para monitorar as metas, como ocorreu na última edição da Liga dos Campeões da Europa.
"Vamos ver se o sistema vai funcionar ou se, ao dar quatro pares de olhos a mais ao árbitro, sua missão se tornará mais simples", disse.
As mudanças devem ser discutidas em um encontro da International Football Association Board (IFAB), o órgão que regulamenta as regras do futebol mundial, em outubro.
Resistência
A Fifa vem há anos resistindo a usar a tecnologia para ajudar as arbitragens. Um dos argumentos que já foram usados por representantes da entidade para justificar tal postura é que o erro humano seria um componente do futebol.
Mas dois erros de arbitragem que marcaram a Copa do Mundo na África do Sul teriam levado o órgão máximo do futebol internacional a rever sua decisão.
Nas oitavas de final entre Alemanha e Inglaterra, o meia inglês Lampard lançou a bola e ela bateu na trave superior, sendo rebatida para baixo, centímetros além da linha do gol. O juiz disse que não houve gol, mas o replay exibido pela TV mostrou que ele ocorreu.
Em outro jogo das oitavas, o juiz aceitou um gol de Tevez, da Argentina, contra o México, embora o argentino estivesse claramente em posição de impedimento.
Depois, o presidente da Fifa, Sepp Blatter, pediu desculpas pelos equívocos e classificou de "sem sentido" a entidade continuar mantendo a mesma posição.
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