LUSAIL, QATAR - Dos 14 jogadores de linha do Brasil, o armador Zé foi o que ficou menos tempo em quadra na vitória contra o Chile, nesta sexta-feira (23), apenas 2min47.
O camisa 10 da seleção, um dos destaques do time deste Mundial de handebol, conseguiu dar apenas um arremesso, defendido pelo goleiro do Chile.
Mas não foi a atuação nestes quase três minutos que tiraram Zé do jogo decisivo para a classificação do Brasil às oitavas de final. Foi uma bolada nos órgãos genitais.
"Não dava para continuar", afirmou o atleta de 21 anos. "Vai dar febre à noite", emendou, já na área de entrevistas da Arena Lusail, no Qatar, por volta das 19h. "Está doendo ainda", explicava, aos poucos, apertando a área da bexiga.
O arremesso que acertou Zé abaixo da linha da cintura o fez desabar imediatamente. Quando levantou, foi para sair de quadra. Mas nem mesmo correr direito ele conseguia. Logo deitou novamente, ao lado do banco de reservas, para ser atendido pelo departamento médico da seleção brasileira. Não conseguiu mais voltar para o jogo vencido por 30 a 22. Um arremesso no handebol pode alcançar cerca de 100 km/h.
Agora o jogador tem até domingo para se recuperar e ajudar o Brasil nas oitavas de final, contra a Croácia.
"Hoje [sexta] tivemos um apagão ou algo assim. Acho que a galera relaxou um pouco no primeiro tempo, não entrou ligada", disse Zé, sobre a parcial em que o Brasil perdia para o Chile por 13 a 12. "A gente tomou um puxão de orelha do Jordi [Ribera, técnico] no vestiário. Mudamos a marcação para o segundo tempo, tivemos mais paciência e vencemos", concluiu.
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