Se as semifinais da Copa do Mundo colocam em campo duas seleções tradicionais, Alemanha e Uruguai, contra duas equipes acostumadas a refugar, casos de Espanha e Holanda, a verdade é que nos confrontos decisivos entre eles quem levou a melhor foram justamente as seleções que ganharam a pecha de “amarelonas”.
A tricampeã mundial Alemanha perdeu para a Espanha a decisão da última Eurocopa, em 29 de junho de 2008. Naquela noite, em Viena, na Áustria, os espanhóis enterraram seus traumas com uma vitória por 1 a 0, gol marcado por Fernando Torres – que, atingido por problemas físicos, vem fazendo uma Copa modesta, sem gols e com atuações discretas.
No confronto histórico, ao menos, a vantagem é alemã: em 20 confrontos, são oito vitórias e seis derrotas, com seis empates, 27 gols marcados pela Alemanha e 22 pela Espanha. O duelo de Viena é o último de uma série iniciada em 1935, com vitória espanhola por 2 a 1, num amistoso disputado em Colônia, na Alemanha.
Entre Uruguai e Holanda, o desejo de revanche da Celeste, bicampeã mundial, vem de longe: foi em 1974, quando perderam por 2 a 0 para os holandeses num jogo ainda pela primeira fase da Copa. O jogo tem um grande valor simbólico, pois foi a estreia de ambos na competição e marcou a apresentação ao mundo da “Laranja Mecânica”.
Há dezenas de vídeos no Youtube com cenas que mostram os dez jogadores de linha holandeses avançando ao mesmo tempo sobre a bola que está com um uruguaio. O placar de 2 a 0 acabou saindo até barato para a seleção do Uruguai, que vinha de um quarto lugar no Mundial anterior, em 1970, e a partir dali entrou num processo de decadência que só agora parece começar a se reverter – de lá para cá, jogaram apenas em 1986, 1990 e 2002, sem resultados expressivos.
Uruguai e Holanda só se enfrentaram de novo mais uma vez, em dezembro de 1980: vitória uruguaia por 2 a 0, em jogo válido pelo Mundialito, um torneio amistoso organizado em Montevidéu e vencido pelos donos da casa.
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