Dois jogos dão início neste sábado (26) às oitavas de final da Copa do Mundo da África do Sul. Às 11h, Uruguai e Coreia do Sul disputam a primeira vaga nas quartas de final. Mais tarde, às 15h30, os Estados Unidos enfrentam Gana. Para cada um dos quatro concorrentes, a vontade de chegar à próxima fase do Mundial é motivada por um objetivo em especial.
O Uruguai quer, principalmente, voltar a ser “grande” no futebol mundial. Bicampeões mundiais (venceram em 1930 e 1950), os uruguaios detém a terceira maior marca invicta na história das Copas. Entre 1930 e 1954, ficaram 11 jogos sem perder, nos Mundiais de 1930, 1950 e 1954.
Depois disso, porém, veio uma época de poucas glórias ao futebol uruaguaio, que só foi terminar na Copa de 2002, quando o país voltou a disputar um Mundial depois da ausência em 1994 e 1998, mas terminou apenas na 26ª posição. Em 2006 também ficaram de fora, mas agora, liderada por Lugano, a “Celeste” tem a chance de conquistar uma vaga na semifinal, o que não acontece desde a Copa de 1970, no México.
O adversário, porém, é a Coreia do Sul, uma das novas potências do futebol asiático, que sediou a Copa do Mundo de 2002 e chegou até a semifinal, quando foi derrotada pela Alemanha por 1 a 0. Antes, haviam derrotado a Itália e a Espanha nos mata-matas. E é exatamente essa a motivação dos sul-coreanos, que buscam vencer o duelo contra os uruguaios para voltar a estar entre os quatro primeiros, para provar que o que aconteceu em casa há oito anos pode ser repetido em qualquer outro continente.
Aspiração parecida tem os Estados Unidos, só que a lembrança de uma semifinal é de bem mais longa data. A última vez que os norte-americanos chegaram entre os quatro melhores em um Mundial foi no primeiro, em 1930. A ocasião, porém, traz péssimas recordações. Contra a Argentina, foram derrotados por 6 a 1. Desde então, o melhor resultado da seleção foi em 2002, quando a equipe treinada por Bruce Arena ficou na oitava posição.
Para voltar a uma semifinal depois de 80 anos, os norte-americanos terão que passar um obstáculo difícil. A adversária é a seleção de Gana, que carrega o peso de ser a única seleção africana classificada para as oitavas de final. Além disso, os ganeses tentam levar um país do continente a ficar entre os quatro primeiros pela primeira vez na história. A melhor colocação de um africano até hoje é o sétimo lugar de Camarões, em 1990, e de Senegal, em 2002.
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