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CBF ataca Fifa sobre arbitragem: 'não somos levianos'

O presidente eleito da CBF, Marco Polo Del Nero, banca a decisão dos árbitros brasileiros contra os comentários da Fifa e também rebate: ninguém na entidade é "leviano". Na última quarta-feira, em entrevista a jornalistas brasileiros, o chefe de arbitra

Da Redação

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Busacca insiste que, em seu trabalho, tem reforçado a ideia de que os árbitros precisam ir além das regras escritas
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Busacca insiste que, em seu trabalho, tem reforçado a ideia de que os árbitros precisam ir além das regras escritas
Escrito por Da Redação
Publicado em 25.09.2014, 11:00:01 Editado em 27.04.2020, 20:08:20
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O presidente eleito da CBF, Marco Polo Del Nero, banca a decisão dos árbitros brasileiros contra os comentários da Fifa e também rebate: ninguém na entidade é "leviano". Na última quarta-feira, em entrevista a jornalistas brasileiros, o chefe de arbitragem da Fifa, Massimo Busacca, negou que haja uma orientação da entidade para apitar pênalti ou falta em qualquer bola na mão, como tem sido o comportamento dos árbitros brasileiros.

Suas declarações causaram mal-estar dentro da CBF e entre os árbitros. No Brasil, o chefe da comissão de arbitragem da CBF, Sérgio Corrêa, insistiu que as novas orientações eram uma recomendação da Fifa e que teria sido o uruguaio Jorge Larrionda, instrutor da Fifa, quem passou as novas ordens. "O Sergio Correa respondeu lá no Brasil", declarou Del Nero nesta quinta-feira na Fifa. "Nós temos os vídeos, as provas. Ele não é leviano", insistiu.

Na quarta-feira, a Fifa insistiu que "nunca mudou" a "regra da bola na mão" e criticou o comportamento dos juízes no Brasil. Para a entidade, os árbitros precisam "ler a situação" e não dar falta a cada bola que toque a mão. "A mão faz parte do jogador. Não há como pensar em um jogador sem mãos", indicou Busacca.

Nas últimas semanas, a arbitragem no Campeonato Brasileiro tem causado diversas polêmicas, em especial por conta de lances de mão na bola. A diretriz da CBF sobre da "mão na bola" aponta para uma direção exatamente contrária à avaliação de Busacca.

A recomendação "une a mão intencional com o toque teoricamente não proposital e intensifica as marcações de infrações, mas levando em consideração fatores como a distância entre o atleta que tocou na bola e aquele que chutou". Na prática, a recomendação restringe a interpretação de que possa haver um movimento de bola na mão.

Na Fifa, a recomendação surpreendeu. Segundo Busacca, "não se pode dar falta a qualquer toque de mão. "Isso é um absurdo", declarou. Para ele, o que precisa ser pensado é se a mão de um jogador estava ou não no local de forma "natural ou não-natural".

"Um jogador precisa de sua mão e de seu braço para correr, para se equilibrar e para saltar", disse. "Não se pode jogar sem mão", declarou. Para ele, questionar isso é "desrespeitar o atleta". Outro fator, segundo ele, que precisa ser avaliado é se o toque foi "intencional ou não". "Quando um jogador tenta fazer seu corpo maior usando a mão, isso deve ser punido", disse.

Busacca insiste que, em seu trabalho, tem reforçado a ideia de que os árbitros precisam ir além das regras escritas e saber "ler" uma situação. "O juiz não pode só pensar como juiz e apenas aplicar o que está escrito", disse. "Um juiz precisa se colocar no lugar do jogador e entender um movimento", completou. Nesta semana, o presidente da CBF, José Maria Marin, deixou claro que estava "insatisfeito" com a arbitragem no Brasil.

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