O Grêmio entregou na noite de domingo as imagens do sistema interno de câmeras da Arena para a Polícia Civil do Rio Grande do Sul. Na 4ª Delegacia de Polícia, os vídeos começam a ser analisados nesta segunda-feira.
Também nesta data, dois torcedores identificados como autores de xingamentos racistas contra o goleiro Aranha, do Santos, no jogo da Copa do Brasil na última quinta-feira, serão intimados a prestar esclarecimentos.
Entre eles a jovem Patrícia Moreira, de 23 anos. Flagrada pelas câmeras da ESPN chamando o goleiro Aranha de 'macaco', a moça esteve fora de Porto Alegre acompanhada da família nos últimos dias. A ideia, segundo vizinhos, era 'fugir' da repercussão do caso.
Mas a manifestação dela também foi confirmada por pessoas próximas. Patrícia vai se apresentar e, acompanhada por um advogado, dar sua versão para os fatos.
Após analisarem as imagens, os policiais vão separar trechos, buscar identificar mais pessoas, e ainda confrontar os vídeos com os acusados. Sendo comprovados atos de injúria racial, o passo seguinte é indiciar os suspeitos. Posteriormente, um julgamento apurará culpa e a pena neste caso vai de 1 a 3 anos de reclusão.
São mais de 60 minutos de imagens. E a qualidade do sistema de câmeras da Arena do Grêmio não é a melhor. Tanto que no caso de injúria racial contra o zagueiro Paulão, do Internacional, na primeira partida da final do Gauchão, a baixa qualidade do vídeo não autorizou a identificação do responsável.
O Grêmio entregou contatos dos dois torcedores intimados a depor nesta segunda. E outros três aficionados identificados também foram apontados pela agremiação. Estes precisam ser encontrados para viverem momento semelhante de intimação e depoimento.
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