SÃO PAULO, SP - O técnico Luiz Felipe Scolari teve que responder mais uma vez sobre o desempenho da seleção brasileira na Copa do Mundo. Desta vez, o treinador saiu em defesa de todo o grupo que disputou o Mundial e, principalmente, do atacante Fred.
"Se tivesse que escolher de novo todos os jogadores para a seleção, escolheria os mesmos. Foi assim que queria meus jogadores e quero agradecê-los de coração. Eles foram corretos comigo, foram leais comigo", disse Felipão após a vitória do Grêmio sobre o Corinthians.
"Vocês [jornalistas] estão sendo um pouco covardes. Vocês estão atingindo a mim e ao Fred, que não tem culpa de nada. Eu sou o responsável. Escolhi, coloquei em campo e fui o responsável pelo 1 a 0, 5 a 0, 10 a 0. Se quiserem bater, batam em mim e esqueçam os jogadores", acrescentou.
Desde que foi apresentado pelo Grêmio no último dia 30, Felipão sempre foi indagado sobre o desempenho da seleção brasileira na Copa e, principalmente, a derrota para a Alemanha por 7 a 1, a maior derrota da história centenária da seleção.
Em sua primeira entrevista no time gaúcho, o treinador afirmou que estava sendo execrado pela mídia e falou em semanas de sufoco em virtude da goleada.
Oito dias depois, Felipão foi questionado sobre o que havia mudado em sua vida desde a derrota e retrucou ao ser perguntando sobre o 7 a 1 : "Que 7 a 1?".
Uma semana depois, o treinador foi indagado sobre o retorno ao Mineirão - local da goleada para a Alemanha - onde o Grêmio enfrentaria o Cruzeiro. "Assim como vou voltar para Livramento, para Bagé, no Gauchão. É a mesma coisa. A minha vida continua. Alguns gostariam de ter me enterrado. Mas eu não morri ainda", disse.
Após o jogo e a derrota por 1 a 0 para o time mineiro, Felipão foi indagado novamente sobre o assunto. Irritado, o treinador disse que "passou e não adianta encher o saco", sobre goleada para a Alemanha.
FRED
No mesmo dia em que foi defendido por Felipão, Fred também criticou a imprensa e elogiou o treinador.
"No Brasil é moda. O jogador não está bem, vamos dar porrada. Pelo fato de eu jogar no Brasil, ser o camisa nove e tudo isso, não ter feito os gols, não ter dado certo [vão dar porrada]. É o preço que eu tinha que pagar. Ninguém vai analisar de forma fria o que aconteceu. Vamos pegar um para dar porrada. Vamos dar porrada no Felipão, que é um treinador fera. Quem está no Brasil é que vai sofrer com essas pancadas", disse o atacante após marcar dois gols na vitória do Fluminense sobre o Sport.
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