Joachim Löw até apareceria para uma entrevista ao vivo na concentração da seleção da Alemanha usando um abrigo esportivo. Mas não sem antes aparecer com o cabelo "Beatle" minuciosamente arrumado.
O treinador da Mannschaft não poderia ter o estilo mais diferente de seu adversário na semifinal de Copa do Mundo desta terça-feira, Luiz Felipe Scolari. Enquanto Felipão tem no abrigo uma solução para todas as situações, o alemão certamente aparecerá no banco no Mineirão usando alguma de suas camisas sociais de grife imaculadamente passadas e engomadas.
A moda, no entanto, não é o que apenas difere estes dois profissionais. Löw, de 54 anos, é marcado pelo maneira quase "zen" com que se comporta em treinos e jogos. Sem os gritos ou gestos largos pelos quais o colega brasileiro ficou famoso à beira do gramado, o alemão é quase blasé em comparação com grande parte dos outros treinadores – apesar do incidente em que câmeras o flagraram "tirando ouro" do nariz num jogo da seleção.
Em vez de respostas mais passionais, suas entrevistas são marcadas pela maneira quase casual como desmonta autores de perguntas que lhe desagradam. Um grande exemplo foi na última Copa, há quatro anos, quando um jornalista o questionou sobre a Segunda Guerra Mundial às vésperas da partida entre Alemanha e Inglaterra pelas oitavas-de-final. "Estamos em 2010, e a Europa vive uma unificação política e econômica. Parece-me que voltar seis décadas no tempo é uma ideia fora de propósito", afirmou.
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